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    Eliane Cantanhêde divulga informação inverossímil de que militares temeriam tumultos nas ruas se Lula perdesse eleições

    Para militares, diz a jornalista, "o problema está na esquerda. Lula tem liderança, está ressentido e conta sindicalistas e radicais para produzir tumultos"

    Eliane Cantanhêde e Lula (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)

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    247 - A jornalista Eliane Cantanhêde, em artigo publicado no Estado de S. Paulo, dissemina uma informação que não parece ser real: a de que militares estariam preocupados com uma "convulsão nacional" nas ruas em caso de derrota do ex-presidente Lula (PT) na eleição presidencial.

    Apesar de todos os ataques de Jair Bolsonaro (PL) à democracia, rememorados no próprio artigo - "Para um filho, basta “um cabo e um soldado” para invadir o Supremo, para um então ministro, os ministros da Corte deveriam ser presos, daqui e dali fala-se em “novo AI-5”. E o próprio presidente ameaça descumprir ordem judicial em pleno Sete de Setembro" - a jornalista questiona: 'quem ameaça mais a democracia?', em referência a Lula e Bolsonaro.

    Sem apontar qualquer fonte crível, a jornalista escreve que "o problema, para setores militares e bolsonaristas, porém, está na esquerda. Segundo eles, Lula tem liderança, está ressentido depois de preso e conta com MST, sindicalistas e radicais, com capacidade para produzir tumultos de rua, quebra-quebra e ameaças à democracia em caso de derrota".

    Cantanhêde destaca: "não considero esse risco, mas escrevo porque se trata de informação relevante, para ficar no radar o que setores bolsonaristas pensam e, eventualmente, podem usar para validar algum tipo de 'reação à altura'".

    A jornalista, assim, aponta uma suposta fonte anônima para sustentar uma informação inverossímil.

    Por fim, Cantanhêde reconhece: "na realidade, foi Bolsonaro quem desde o início do seu governo armou civis, foi complacente com o motim da PM no Ceará e forçou alianças com as polícias. E é ele quem insiste na fake news de que a eleição de 2018 foi fraudada e as urnas eletrônicas não são confiáveis. É ele, enfim, quem replica Trump, capaz de estimular o Capitólio".

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