Em crise, Globo perde audiência e publicidade e lança dívida de US$ 500 milhões no exterior
Em novembro de 2019, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota da empresa. A medida teve relação com os resultados apresentados no 3º trimestre, quando a Globo perdeu audiência.. Receitas com publicidade, responsáveis por 61% do faturamento, caíram 12% nos primeiros 9 meses do ano passado.
Do BR2pontos – A Globo Comunicação e Participações concluiu a emissão de US$ 500 milhões em títulos de dívida no mercado internacional. Os papéis têm prazo de 10 anos (2030) e retorno de 4,875% – o mesmo rendimento das notas na recompra. A operação foi coordenada por Goldman Sachs, Itaú BBA e Santander. A informação é do site Poder 360º.
A Globo ofereceu US$ 1.053,75 para cada US$ 1.000 em 2022 em uma oferta pública que expirou na 5ª feira (16.jan.2020).
A S&P Global atribuiu aos títulos rating BB+ com perspectiva positiva, destacando que a Globo é a maior empresa de mídia do Brasil, com fluxo de caixa sólido e uma posição de caixa líquido historicamente positiva.
Ao jornal Valor Econômico –que pertence ao conglomerado de mídia controlado pela Globo– o diretor de Finanças, Infraestrutura e Jurídico da empresa, Manuel Belmar, disse que a Globo iniciou as conversas com investidores na última 6ª feira (10.jan), com o objetivo de captar US$ 300 milhões.
Os recursos captados com a emissão dos novos títulos serão utilizados para cobrir dívida de US$ 300 milhões contraída pela empresa em 2012. Esses papéis têm vencimento para abril de 2022.
Em novembro de 2019, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota da empresa dizendo que havia “reduzido compromisso [do Grupo Globo] de manter ‘cash’ no exterior”. A medida teve relação com os resultados apresentados no 3º trimestre, quando a Globo perdeu audiência (37% de “share” ante 39% no mesmo período de 2018). Receitas com publicidade, responsáveis por 61% do faturamento, caíram 12% nos primeiros 9 meses do ano passado.
Já a Standard & Poor’s mantém uma avaliação positiva por causa do impacto geral positivo do Brasil no mercado global de captação.
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