Ex-âncora da ESPN triplica indenização em processo trabalhista ao incluir fala machista de Alê Oliveira
A jornalista Juliana Veiga comprovou junto à Justiça ter passado por situação constrangedora ao incluir no processo uma fala de Alê Oliveira, ex-colega na emissora, que disse no ar que faria uma “homenagem a ela”, numa menção velada à masturbação
247 - A jornalista Juliana Veiga conseguiu triplicar o valor da indenização no processo trabalhista que move contra a ESPN ao incluir na ação uma fala machista de Alê Oliveira, seu ex-colega de emissora, feita em 2016, pela qual alega ter passado por constrangimento.
Na 74ª Vara do Trabalho de São Paulo, o resultado da ação movida por Juliana saltou de R$ 10 mil para R$ 30 mil. Em maio, a Justiça do Trabalho já havia dado ganho de causa à apresentadora em outra ação trabalhista contra o canal. Foi ordenado um pagamento de R$ 100 mil para compensar perdas por falta de direitos, como férias, 13º salário, horas extras e adicional noturno, segundo reportagem do UOL.
Desta vez, dois motivos pesaram para a decisão da elevação do valor: a inclusão da fala de Alê Oliveira e o seu salário, que era de R$ 10,9 mil. Para a desembargadora Maria de Fátima da Silva, relatora do caso, não se pode condenar moralmente uma empresa por um valor abaixo dos ganhos de quem move o processo.
Sobre a fala de Alê, ex-comentarista conhecido pelas piadas machistas constantes feitas ao vivo no canal, inclusive na presença de jornalistas mulheres, gerando constrangimento, a desembargadora entendeu que ela comprova que a jornalista passou por “situação vexatória” e que a empresa tinha “a obrigação de fiscalizar o ambiente de trabalho, inclusive quanto às relações entre seus subordinados, a fim de evitar situações humilhantes e constrangedoras”.
De acordo com os documentos processuais, durante uma das edições do programa “Bate-Bola Debate”, Jorge Nicola pergunta para Alê Oliveira se ele estava feliz com a volta da companheira de trabalho. O comentarista respondeu que mais tarde “faria uma homenagem para ela”. A defesa de Juliana alegou que se tratava de uma menção velada à masturbação.
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