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    Fepal explica por que considerou comentário de Renata Lo Prete na Globonews eugenista

    Federação Árabe Palestina acusa a Globonews e seus jornalistas de naturalizar o genocídio

    Renata Lo Prete (Foto: Reprodução/TV Globo)

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    247 – A Federação Árabe Palestina (Fepal) reiterou, na noite de ontem, sua crítica à jornalista Renata Lo Prete, da Globonews, sobre suas posições a respeito da guerra no Oriente Médio, que já matou mais de 9,5 mil palestinos – a maioria crianças. Renata atribuiu as mortes de crianças à demografia da região e foi duramente contestada pela Fepal. Confira o segundo post da Fepal sobre o tema: 

    Do X da Fepal – Aparentemente, a fala da Renata Lo Prete (não podemos marcar, estamos bloqueados) ainda está rendendo.

    Teve gente que disse que nós "não entendemos" o que ela falou (ó, esses árabes incultos). Outros seguem em defesa do indefensável.

    Vamos desenhar:

    Para alguns, ela estaria, na realidade, indo na contramão da postura da imprensa que tenta descredibilizar o número de palestinos mortos e, através dos dados apresentados sobre taxa de natalidade e perfil demográfico, mostrando que o número de crianças mortas é crível.

    A jornalista aponta perfil demográfico como "fator estrutural" do morticínio infantil. 

    O que é isso? Um "genocídio estrutural"?

    40% são crianças. 40% dos mortos também. Está posto. Não há mais nada a dizer?

    A escolha deliberada de não contextualizar adequadamente A CAUSA (bombardeios indiscriminados a alvos civis, incluindo abrigos, escolas e hospitais, um crime de guerra) das mortes transforma o dado apresentado em naturalização do genocídio.

    E faz eco a uma noção eugenista. Se não houvesse tantas crianças, não haveria tantas mortes de crianças? 

    Essa é a questão, então? 

    É fundamental observar e interpretar o intertexto. A fala é recheada de outras relativizações que ecoam a linha editorial da Globo. Uma delas, por exemplo, é tratar o morticínio infantil como "fato terrível".

    Não é um "fato terrível". É uma política deliberada de extermínio e genocídio, verbalizada por diversos membros de alto escalão do governo de "israel".

    Genocídio também é sobre intenção e tratar o perfil demográfico de Gaza como "fator estrutural" do número de mortes de crianças é tentativa sutil de relativizar esses números. No fim das contas, pega emprestada essa noção eugenista para NÃO INFORMAR porque de fato morrem tantas crianças em Gaza.

    Na dúvida, pontuamos de novo: morrem tantas crianças porque "israel" mira crianças e população civil no geral. 

    A jornalista e a emissora sabem disso. Resta saber o porquê de escolherem reportar o genocídio palestino dessa maneira. 

    Aos que não sabem ainda, claro.


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