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    Folha ataca Lula após mudança na Petrobras e critica ampliação dos investimentos

    Jornal desconsidera impactos positivos dos projetos da Petrobras para a economia e o povo brasileiro

    Presidente Lula também cobrou mais "participação" da estatal na questão da transição energética (Foto: Divulgação)

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    247 – Em seu editorial desta quinta-feira, a Folha de S. Paulo lançou duras críticas à recente decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de demitir Jean Paul Prates da chefia da Petrobras e ampliar os investimentos da estatal. O jornal acusou o presidente de reviver políticas econômicas "desastrosas" anteriores e previu consequências negativas duradouras para a economia do país. No entanto, uma análise crítica dos argumentos da Folha revela uma visão excessivamente pessimista e possivelmente enviesada em relação às ações do governo.

    O editorial da Folha afirma que a demissão de Prates ocorreu porque ele não cumpriu "com a velocidade e a fidelidade canina" as diretrizes ideológicas do PT. Contudo, essa visão simplifica as complexas decisões administrativas que envolvem uma empresa do porte da Petrobras. A mudança de liderança na estatal pode refletir uma tentativa legítima de alinhar a empresa com objetivos estratégicos nacionais, especialmente em setores essenciais como a energia e a infraestrutura, que são cruciais para o desenvolvimento do país.

    A Folha também criticou a política de preços da Petrobras, alegando que Prates havia "descarrilhado" a política ao criar defasagens significativas em relação aos preços internacionais. No entanto, essa análise ignora o contexto socioeconômico do Brasil, onde o preço dos combustíveis impacta diretamente o custo de vida da população. Ajustes nos preços podem ser necessários para equilibrar a necessidade de estabilidade econômica interna com as flutuações do mercado global.

    Outro ponto de ataque foi a intenção de Lula de retomar obras no Rio de Janeiro e em Pernambuco, bem como investir em projetos bilionários nas áreas de fertilizantes e construção de navios. A Folha classificou esses projetos como "ruinosos" e "irrecuperáveis". No entanto, investimentos em infraestrutura e setores estratégicos podem ser fundamentais para impulsionar a economia, gerar empregos e fortalecer a indústria nacional. A crítica da Folha não considera os possíveis benefícios de longo prazo desses investimentos e a necessidade de um planejamento cuidadoso para evitar os erros do passado.

    O editorial também alertou para a deterioração nas ações da Petrobras, um reflexo imediato da mudança de liderança. Porém, o mercado financeiro é frequentemente volátil e reativo a mudanças políticas, e as quedas nas ações podem não representar uma tendência duradoura. Focar exclusivamente nos impactos de curto prazo pode desviar a atenção dos objetivos de longo prazo que visam o crescimento sustentável da empresa e da economia.

    Finalmente, a Folha acusou Lula de desprezar o equilíbrio orçamentário e de promover um "intervencionismo tosco". No entanto, a ênfase em políticas de austeridade e equilíbrio fiscal extremo tem sido criticada por economistas que defendem a necessidade de investimentos públicos para estimular o crescimento econômico, especialmente em tempos de crise. A política econômica de Lula pode ser vista como uma tentativa de encontrar um equilíbrio entre responsabilidade fiscal e estímulo ao desenvolvimento econômico.

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