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    Folha cobra menos investimentos e mais dividendos da Petrobras

    Ao contrário do jornal, engenheiros da Petrobras defendem mais investimentos e menos dividendos

    Os presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.), e da Petrobrás, Jean Paul Prates, em anúncio de retomada das obras da Refinaria Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

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    247 – A Folha de S. Paulo, jornal ligado ao capital financeiro, defendeu, neste domingo, que a Petrobras invista menos e pague mais dividendos a seus acionistas. "Mudança na política de dividendos é sinal de ingerência do Planalto na empresa", aponta o jornal, em editorial.

    No texto, a Folha critica expressamente a mudança, que foi anunciada pelo presidente Lula durante toda a campanha eleitoral. "O que surpreendeu foi a conduta a respeito da distribuição dos lucros aos acionistas, que se resumiu aos pagamentos ordinários previstos no estatuto da empresa. Não houve desta vez o desembolso dos chamados dividendos extraordinários, acima do mínimo", afirma a Folha, que também questiona a prioridade do governo a mais investimentos.

    "Não é novidade que o Planalto tem pretensões de reviver um ciclo de obras e projetos liderados pela estatal em outras áreas além da exploração e produção de petróleo. Nesses planos há um pouco de tudo, de mais refinarias a energia renovável, passando por fertilizantes e distribuição de combustíveis, áreas que no passado levaram a perdas bilionárias e a um estratosférico endividamento", critica a Folha.

    Entretanto, o presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET), Felipe Coutinho, publicou um artigo nesta sexta-feira (8) em defesa de uma redução ainda maior no valor dos dividendos pagos a acionistas pela empresa.

    O engenheiro químico sustenta que o aumento do pagamento de dividendos nos últimos anos esteve diretamente associado à queda nos investimentos feitos pela Petrobras. "A redução dos investimentos foi o principal fator que possibilitou pagamentos de dividendos altos e insustentáveis pelas direções da Petrobras em 2021 e 2022. A mesma política continua acontecendo na Petrobras até o fim de 2023, investimentos muito baixos possibilitaram pagamento alto e insustentável de dividendos", diz Coutinho. Confira abaixo:

    Tabela 1: Dividendos Pagos & Investimento Líquido da Petrobrás, em Bilhões US$
    Tabela 1: Dividendos Pagos & Investimento Líquido da Petrobrás, em Bilhões US$(Photo: Reprodução/Felipe Coutinho)Reprodução/Felipe Coutinho

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