Folha defende cobrança de mensalidade em universidade pública
O editorial da Folha culpa o "corporativismo" da esquerda pela contenção da PEC 206/19
247 - O jornal Folha de S. Paulo, em editorial, se posicionou a favor da cobrança de mensalidades com critérios de renda em instituições públicas de ensino superior. Ao mesmo tempo, o jornal criticou o engavetamento da PEC 206/19, que prevê a cobrança de mensalidades de alunos atuais.
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"Passa da hora de reexaminar o modelo nacional de financiamento das universidades. O ensino superior, sobretudo quando de qualidade e vinculado à pesquisa, é atividade extremamente onerosa", escreve a Folha, argumentando ainda que "não há alternativa mágica".
Na mesma linha da amplamente criticada sugestão de Tabata Amaral, que defendeu a cobrança de mensalidades com base na renda de ex-alunos, o jornal paulistano segue: "considerando que a obtenção de um diploma universitário tende a fazer com que o concluinte tenha seus rendimentos futuros substancialmente majorados, o mais justo é que ele mesmo arque com as despesas de sua formação".
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O editorial ainda cita Karl Marx como um defensor do fim da gratuidade e culpa o "corporativismo" da esquerda pela contenção do projeto.
"Obviamente, nem todos os estudantes se formam em medicina ou engenharia —e há aqueles para os quais qualquer pagamento, mesmo que de valor simbólico, inviabilizaria a permanência no curso.
Para esses casos existem opções engenhosas. Uma possibilidade é que alunos formados em universidades públicas paguem durante algum tempo um adicional de Imposto de Renda para compensar os gastos do Estado em sua formação", sugere a Folha.
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