Glenn: temos muito mais Vaza Jato, incluindo o papel de parceria da mídia com Moro e procuradores
"Temos muito mais #VazaJato para relatar, incluindo - mas não apenas - como 2 veículos da mídia em particular renunciaram seu papel de jornalistas e atuaram como parceiros de Moro e LJ", afirmou o jornalista Glenn Greenwald. Segundo ele, a Globo lucra "com os frutos dos crimes dessas autoridades"
247 - O jornalista Glenn Greenwald alertou para novas revelações mais graves do site Intercept Brasil sobre as irregularidades da Operação Lava Jato.
"Para aqueles que perguntam: sim, exatamente por causa desses abusos, temos muito mais #VazaJato para relatar, incluindo - mas não apenas - como 2 veículos da mídia em particular renunciaram seu papel de jornalistas e atuaram como parceiros de Moro e LJ", escreveu o jornalista Twitter ao destacar a entrevista do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes ao programa Roda Viva, concedida nesta segunda-feira (7).
"Talvez este seja o ponto mais importante que Gilmar enfatizou: MPF, PF e LJ estão se afogando em corrupção e crime, especificamente vazamentos ilegais e selectivas de investigações sigilos para destruir reputações, que nunca são investigadas. Quem reside acima da lei são eles", disse.
De acordo com o jornalista, a Lava Jato e a Polícia Federal "cometem crimes sistematicamente com vazamentos criminosos: muitos para a Globo/Jornal Nacional, que lucram com os frutos dos crimes dessas autoridades". "E esses vazamentos criminosos - ao contrário dos 'hackers' - *nunca* são investigados", complementou.
Ao citar a entrevista do ministro, Greenwald reforça que "Gilmar explica o papel tóxico e destrutivo da grande mídia em se recusar a ser minimamente crítico da LJ - ao contrário, atuando como parceiro de forma inapropriada e criando 'falsos heróis', algo que os jornalistas honestos (na Folha e Veja por exemplo) agora reconhecem".
"Aqui Gilmar explica como a LJ e MPF estavam atacando, de maneira corrupta e criminal, outras instituições, incluindo o uso de vazamentos criminosos, com a mídia como parceira, que nunca foram investigadas. Por que não?", complementou.
O jornalista norte-americano também reproduziu uma declaração de Gilmar. "Não se combate crime cometendo crime. Se não ouvisse The Intercept, provavelmente daqui a pouco, nós teriamos pessoas vendendo operações - fazendo coisas que estão fazendo, como, por exemplo, forçando as pessoas a comprarem palestras. Isso não é republicano", disse o ministro na entrevista.
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