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      Globo defende pesquisa da Petrobras na Margem Equatorial e diz que Ibama não pode 'procrastinar decisões técnicas'

      Editorial do jornal destaca a importância da liberação da licença ambiental e discute equívocos sobre os impactos da prospecção de petróleo

      Margem equatorial (Foto: Petrobrás)
      Aquiles Lins avatar
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      247 - O jornal O Globo defendeu, em editorial deste sábado (22), a liberação da licença para a pesquisa de petróleo na região da Margem Equatorial, área oceânica que vai do Amapá ao Rio Grande do Norte. O debate sobre o tema ganhou força após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressar impaciência com a demora do Ibama em autorizar os estudos, chamando-a de "lenga-lenga". O editorial considera que, embora o presidente não deva interferir nas decisões de agências independentes, a "procrastinação de deliberações técnicas prejudica o desenvolvimento do país".

      O editorial destaca dois equívocos que, segundo o jornal, têm contaminado a discussão sobre a pesquisa: a confusão entre o apoio à prospecção e a negação do aquecimento global, e a falsa ideia de que a pesquisa na Margem Equatorial possa causar uma devastação na Foz do Amazonas. Em relação ao primeiro, o texto argumenta que não há contradição entre a necessidade de descarbonização da economia brasileira e a busca por novas reservas de petróleo. Embora o petróleo seja um dos principais responsáveis pelo aquecimento global, o jornal lembra que a transição energética é um processo gradual e que, em 2050, ainda haverá uma grande demanda por petróleo, incluindo no Brasil.

      O editorial também defende que o petróleo brasileiro tem uma pegada de carbono inferior à média global, destacando que a Petrobras é líder em tecnologia de separação de CO2 e reinjeção no solo, o que ajuda a reduzir a emissão de gases poluentes. O texto lembra ainda que a Petrobras tem um bom histórico na prevenção de vazamentos de óleo, com números bem abaixo dos limites de alerta em 2023.

      Quanto ao impacto ambiental da pesquisa, o editorial esclarece que a área solicitada para pesquisa está localizada a 500 quilômetros da foz do Rio Amazonas, distância suficiente para afastar os cenários mais catastróficos de contaminação. O jornal argumenta que, mesmo no caso de uma eventual exploração, as licenças ambientais exigiriam um controle rigoroso de riscos e a aplicação de multas pesadas para evitar danos ao meio ambiente.

      Por fim, o editorial reforça que a exploração das reservas de petróleo da Margem Equatorial, caso seja autorizada, deve gerar recursos importantes para a transição energética e para o combate ao desmatamento, com foco nas áreas mais críticas da Amazônia. O jornal critica, ainda, os "destruidores da Amazônia", apontando que a luta contra o desmatamento deve ser uma prioridade do governo, mas ressaltando que esses problemas estão na floresta, e não no oceano.

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