Globo defende ser paga pelo Google e reconhece que sites menores podem ser prejudicados
"Quem mais perde são jornais e sites pequenos, que não têm o mesmo poder de negociação diante do Google", diz o jornal, em editorial
247 – O jornal O Globo, que lidera a campanha em favor do PL 2630, o das fake news, defendeu o ponto mais polêmico do projeto, que transfere recursos da publicidade digital para fundos de fomento ao "jornalismo profissinal". Este subsídio à mídia estava previsto no artigo 32 do PL 2630, mas pode ser transferido a um outro projeto, relatado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-SP), que trata de direitos autorais.
Em novo editorial publicado nesta quinta-feira, o jornal O Globo usa um acordo comercial entre o Google e o jornal New York Times, nos Estados Unidos, para defender que as plataformas sejam obrigadas a pagar empresas de mídia no Brasil. "O jornalismo profissional merece atenção, pois exerce papel fundamental em qualquer democracia, como fiscal dos Poderes e ambiente de debate livre. Por isso é fundamental buscar outros modelos capazes de remunerá-lo, como tenta fazer o PL das Fake News", escreve o editorialista do Globo.
O editorial diz ainda que o próximo teste será no Brasil. "O próximo teste será no Brasil. Pelas últimas negociações, o trecho relativo à remuneração de conteúdos jornalísticos deverá ser retirado do PL das Fake News para integrar um projeto separado, ao lado de conteúdos artísticos e outros protegidos por direito autoral. O essencial é que seja aprovado logo, para haver uma regulação justa para remunerar a imprensa. Quem mais perde são jornais e sites pequenos, que não têm o mesmo poder de negociação diante do Google que o New York Times", aponta o texto.
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