Inteligência artificial criada por Elon Musk diz que o bilionário é o principal disseminador de fake news no X

247 - Elon Musk, magnata da tecnologia e proprietário da plataforma X, enfrentou um momento inusitado e constrangedor com sua própria criação, a inteligência artificial chamada Grok. Em resposta a um usuário que perguntou quem seria o maior disseminador de desinformação na rede social, o sistema não hesitou em apontar para Musk, o homem por trás da aquisição e transformação da antiga rede social Twitter, relata a Fortune.  

O sistema Grok respondeu: "com base em diversas análises, sentimentos nas redes sociais e relatórios, Elon Musk foi identificado como um dos mais significativos propagadores de desinformação no X desde que adquiriu a plataforma".

A resposta seguiu detalhando as razões: “Musk fez diversas postagens que foram criticadas por promover ou endossar desinformação, especialmente em relação a eventos políticos, eleições, questões de saúde como a Covid-19 e teorias da conspiração. Seus endossos ou interações com conteúdo de figuras controversas ou contas com histórico de disseminação de desinformação também contribuíram para essa percepção".

O impacto da influência de Musk - O Grok destacou ainda o poder amplificador da audiência de Musk. Como uma das figuras mais seguidas no X, qualquer desinformação compartilhada por ele é imediatamente amplificada, alcançando milhões de usuários e ganhando aparente legitimidade. “Isso pode ter consequências no mundo real, especialmente durante eventos significativos como eleições”, alertou a IA.  

Entretanto, Grok fez uma ressalva sobre a subjetividade do conceito de desinformação, que muitas vezes depende da perspectiva ideológica de quem consome o conteúdo. Além disso, reconheceu que outros atores, como bots e usuários com intenções maliciosas, também contribuem para o problema.  

A ironia do momento - A situação ocorre pouco tempo após Musk promover Grok como um sistema confiável para fornecer informações atualizadas, em um tweet afirmando: “use Grok para respostas baseadas em informações atualizadas!”. O episódio também trouxe à tona críticas anteriores ao próprio Grok, acusado em agosto de espalhar desinformação sobre cédulas eleitorais estaduais. Na época, a empresa precisou ajustar os algoritmos da IA para reduzir esses incidentes.