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    Líder do governo na Câmara repudia ameaça de policial à jornalista Natuza Nery

    "Esse tipo de ação não só fere a liberdade de expressão, mas também compromete os princípios que garantem uma imprensa livre", disse José Guimarães

    José Guimarães (Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados)
    Guilherme Paladino avatar
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    247 - O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), manifestou nesta terça-feira (31) repúdio às ameaças sofridas pela jornalista Natuza Nery, da GloboNews, por parte de um policial civil em São Paulo. Em publicação nas redes sociais, Guimarães classificou o episódio como um "ataque covarde e antidemocrático" que compromete os princípios de uma imprensa livre e independente.

    "Repudiamos veementemente a ameaça sofrida pela jornalista Natuza Nery, alvo de um ataque covarde e antidemocrático por parte de um Policial Civil em São Paulo. Esse tipo de ação não só fere a liberdade de expressão, mas também compromete os princípios que garantem uma imprensa livre e independente. Em solidariedade à Natuza e a todos os profissionais da comunicação, reafirmamos a importância da liberdade de imprensa para a consolidação e fortalecimento da democracia", escreveu o deputado em sua conta oficial no Twitter.

    O caso - Na noite de segunda-feira (30), Natuza Nery foi ameaçada enquanto fazia compras em um supermercado na região de Pinheiros, em São Paulo. Segundo relato publicado pela colunista Mônica Bergamo, um policial civil abordou a jornalista e a acusou, junto à GloboNews, de ser "responsável pela situação do país". O agente chegou a afirmar que "pessoas como a jornalista merecem ser aniquiladas".

    Testemunhas relataram que uma mulher que acompanhava o policial tentou intervir, pedindo que ele cessasse os ataques. A situação gerou grande comoção, levando à intervenção da Polícia Militar.

    Investigações em andamento - O caso foi inicialmente registrado no 14º Distrito Policial, mas, com a identificação do acusado como policial civil, foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil, que instaurou um inquérito para apurar os fatos. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo confirmou a abertura de uma investigação administrativa, que pode levar à expulsão do agente.

    "Diligências foram realizadas no supermercado em busca de imagens do ocorrido e de eventuais testemunhas", informou a SSP em nota oficial.

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