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    Lula foi vítima de um vale-tudo judicial, diz Mello Franco

    Voz dissonante no Globo, Bernardo Mello Franco demonstra como Lula foi um preso político a partir de uma fraude judicial, que permitiu a ascensão do fascismo no Brasil

    (Foto: Reprodução | Stuckert | ABr)
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    247 – O colunista Bernardo Mello Franco, do Globo, aponta em sua coluna deste domingo como o ex-juiz Sergio Moro, condenado por parcialidade pelo Supremo Tribunal Federal, fraudou a distribuição de processos contra o ex-presidente Lula. "Lula vive em São Bernardo do Campo e foi acusado de receber vantagens de empreiteiras em Guarujá e Atibaia. Os três municípios ficam no Estado de São Paulo. No entanto, os casos foram levados para o Paraná, onde Sergio Moro pontificava nos julgamentos da Lava-Jato", lembra Mello Franco.

    "Na quinta-feira, o ministro Alexandre de Moraes disse que a transferência das ações violou o princípio do juiz natural", afirma. "Moraes expôs o método da República de Curitiba para driblar a lei e escolher réus, transformando-se numa espécie de 'juízo universal' do país. 'Em todas as denúncias, o MP jogava o nome da Petrobras e pedia a prevenção da 13ª Vara', disse. O artifício deu poderes quase ilimitados ao juiz e aos procuradores da força-tarefa", pontua.

    "A transferência das ações para Curitiba foi o primeiro ato de um vale-tudo judicial contra Lula. O Supremo participou do baile ao retardar o julgamento de ações que questionavam se era permitido prender um réu sem condenação definitiva. A manobra permitiu a prisão do petista às vésperas da eleição presidencial de 2018", relembra ainda o colunista.

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