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    Mídia corporativa une-se contra Bolsonaro, mas mantém apoio a Paulo Guedes

    Mídia conservadora levanta-se contra Bolsonaro. Fala em "desgoverno", "chefe de bando", destruição da democracia e até em impeachment. Mas continua apoiando firmemente o programa ultraliberal de Paulo Guedes

    (Foto: Reprodução | Marcos Corrêa/PR)

    247 - A mídia corporativa cansou de Bolsonaro, a quem apoioiu de maneira uníssona e agressiva nas eleições de 2018. Desde esta quarta (19), começando pela Folha, alguns dos princiáis veículos conservadores do país partiram para o ataque ao presidente que ajudaram a elegere: O Globo, Estado de S.Paulo e Istoé. Todos eles, entretanto, mantém seu apoio firme ao programa de ultraliberal destruição nacional de Paulo Guedes.

    O estopim para a rebelião conservadora, que se estende aos líderes políticos da direita tradicional, foi o brutal ataque de Bolsonaro na últma terça (18) à jornalista Patrícia Campos Mello, que tem liderado as apurações sobre a campanha de fake news que definiu a eleição de 2018.

    A primeira reação foi da Folha de S.Paulo que, em editoria nesta quarta disse que Bolsonaro é um "chefe de bando".  - "O chefe de Estado comporta-se como chefe de bando. Seus jagunços avançam contra a reputação de quem se anteponha à aventura autoritária".

    O jornal dos Marinho, O Globo, apontou em editorial que Bolsonaro tem "um desejo autoritário de garrotear as instituições" e que seu governo pretende "destruir por dentro a própria democracia".

    Sob o título "Descontrole total", um dos mais conservadores jornais do pais, O Estado de S.Paulo, foi taxativo:  "estamos diante de um desgoverno".

    A revista Isto é, um das mais estridentes no apoio ao golpe, na perseguição a Lula e ao PT e na sustentação da candidatura de Bolsonaro, foi a mais radical. Antecipou sua edição semanal, que foi lançada nesta quarta, e pediu abertamente o impedimento de Jair Bolsonaro. A edição estampa em sua capa: "de acordo com a Constituição, o chefe de Estado já deu caudalosas razões para a abertura de processo de impeachment. Cabe agora aos demais poderes o papel e o dever de investigar e julgar a conduta do inquilino do Planalto."

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