Miriam Leitão: Brasil está à beira do precipício, entre a civilização e a barbárie
Em sua coluna no jornal O Globo, a jornalista Miriam Leitão afirma que "o problema no Brasil atual é que a clivagem começa a ser sobre os valores universais". "Entregar a demarcação de terras indígenas ao Ministério da Agricultura é acirrar um conflito de terras, fortalecendo o lado mais forte. Entre os próprios produtores há os que discordam da mudança. O avanço sobre terras indígenas se dá através de grileiros que invadem, derrubam, colocam gado, vendem a terra e o comprador a passa adiante", continua. "A defesa dos direitos da mulher está exatamente nessa clivagem entre inteligência e estupidez, entre civilização e barbárie", acrescenta
247 - Em sua coluna no jornal O Globo, a jornalista Miriam Leitão citou uma frase do escritor angolano José Eduardo Agualusa, que, no Salão Tiradentes lotado, em Araxá (MG), falou que no exterior se tem uma noção mais clara do que acontece no Brasil. "Não acho que aqui seja uma questão entre esquerda e direita, não acho mesmo. Aqui é uma luta entre inteligência e estupidez, entre civilização e barbárie", disse ele, de acordo com relato da colunista.
Segundo Miriam, "o problema no Brasil atual é que a clivagem começa a ser sobre os valores universais". "Entregar a demarcação de terras indígenas ao Ministério da Agricultura é acirrar um conflito de terras, fortalecendo o lado mais forte. Entre os próprios produtores há os que discordam da mudança. O avanço sobre terras indígenas se dá através de grileiros que invadem, derrubam, colocam gado, vendem a terra e o comprador a passa adiante", continua.
"A defesa dos direitos da mulher está exatamente nessa clivagem entre inteligência e estupidez, entre civilização e barbárie", acrescenta.
De acordo com a jornalista, o "retrocesso fundamentalista no Brasil é a estupidez". "A inteligência está do lado em que sempre esteve: em considerar que é preciso continuar a longa luta por igualdade entre homens e mulheres em todas as áreas, seja no mercado de trabalho, seja dentro das famílias. A igualdade sempre será um norte civilizatório. A defesa de uma hierarquia entre pessoas, determinada pelo gênero, é a barbárie da qual temos nos distanciado ao longo de toda a luta feminista".
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