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    Para Celso Rocha de Barros, aliança da esquerda com setor da direita liderado por Maia é decisão acertada

    Para o doutor em sociologia pela Universidade de Oxford (Inglaterra), aliança multipartidária na Câmara é reação correta à escalada autoritária de Jair Bolsonaro e seus partidários

    Presidente da Câmara dos Deputados, dep. Rodrigo Maia, concede entrevista coletiva (Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados)

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    247 - "Os partidos de esquerda estão de parabéns por terem decidido apoiar o grupo de Rodrigo Maia na eleição para presidente da Câmara dos Deputados. A aliança recebeu o nome de União da Democracia e da Liberdade", escreve Celso Rocha de Barros em sua coluna na Folha de S.Paulo.

    "A esquerda brasileira tem diferenças legítimas com o centro e a direita. Os últimos cinco anos, em especial, causaram feridas profundas, que vão exigir tempo e diálogo para cicatrizar", prossegue o sociólogo.

    "A esquerda é grande o suficiente para fazer diferença na hora de recolocar a democracia de pé. É do interesse dos trabalhadores que ela seja recolocada de pé". "E o outro cara é o Jair", referindo-se ao principal adversário a combater.

    "O Jair é o Brasil sem vacina, com 180 mil famílias brasileiras de luto. É o risco permanente de golpe, é a guerra contra a liberdade, é o ódio às mulheres, aos negros e aos LGBT, é o elogio a Ustra no dia do impeachment, é o palhaço da Fundação Palmares ofendendo Zumbi, Marina e Benedita, é o cara que demitiu dois ministros da Saúde durante a pandemia, que desmoralizou os militares, que fez do Brasil um pária entre as nações".

    A aliança formada para a eleição da Câmara será permanente? Não. Tem chances de se converter em aliança eleitoral em primeiro turno em 2022? Não. Isso importa? Não. A luta programática continuará daí em diante, cada um do seu lado, democraticamente.

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