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Problemas causados por apagão cibernético global podem levar dias até serem corrigidos, diz analista

Milhares de computadores não puderam ser reiniciados

Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Galeão (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

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247 - Especialistas em segurança cibernética estão alertando sobre os efeitos do apagão cibernético global causado por uma falha na empresa CrowdStrike (EUA), problema que afetou setores como o aeroportuário, o de serviços bancários e de saúde no mundo. Especialista em informática Kevin Beaumont afirmou que "levará dias para as organizações" fazerem as correções necessárias. 

A Crowdstrike é uma das maiores empresas de segurança cibernética do mundo. A instituição tem cerca de 24 mil clientes em nível global e seus sistemas protegem centenas de milhares de computadores, que não puderam ser reiniciados. 

De acordo com o analista, as máquinas afetadas precisarão ser reinicializadas "no 'Modo de Segurança' para remover a atualização defeituosa". "Isso consome muito tempo e levará dias para as organizações fazerem isso em larga escala". O relato foi publicado na BBC

Um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo para os hosts Windows da Microsoft. Hosts servem para a identificação de dispositivos conectados a uma rede de computadores. São usados pelo sistema operacional para identificar aparelhos num processo em que também são necessários os endereços de ip - "Internet Protocol" (protocolo de rede), usado para diferenciar computadores, roteadores e sites.

Leia mais na reportagem de Andrew Mills, Elena Rodriguez e David Shepardson:

EDIMBURGO/MADRI/BALTIMORE (Reuters)

Passageiros de todo o mundo têm enfrentado atrasos, cancelamentos e problemas no check-in de seus voos, após uma falha eletrônica de larga escala afetar operações de aeroportos e companhias aéreas, além de outros setores que vão desde bancos a empresas de mídia.

Algumas companhias aéreas e aeroportos disseram que conseguiram restabelecer suas operações, enquanto o governo dos Estados Unidos manteve as esperanças de que o sistema de tráfego voltará ao normal até sábado.

Dos mais de 110 mil voos comerciais programados nesta sexta-feira, 2.691 foram cancelados globalmente até agora e mais voos devem ser cancelados, de acordo com dados da empresa de análise de aviação global Cirium.

Em Edimburgo, uma testemunha da Reuters disse que os scanners de cartões de embarque apresentavam uma "mensagem de servidor offline", com o aeroporto orientando que os passageiros não seguissem para o terminal sem antes verificarem online o status do voo.

Em outros lugares, aeroportos e companhias aéreas aconselharam os clientes a chegarem mais cedo do que o normal para os voos. Analistas disseram que a falha provavelmente está ligada a um problema em um software da Microsoft usado globalmente.

O setor da aviação é particularmente afetado devido à sua sensibilidade aos horários. As companhias aéreas dependem de uma programação estreitamente coordenada, muitas vezes executada pelo controle de tráfego aéreo. O atraso de apenas alguns minutos pode prejudicar a programação para decolagens e pousos de aeroportos e companhias aéreas pelo resto do dia.

A Microsoft disse que os usuários podem não conseguir acessar vários aplicativos e serviços do Office 365 devido a uma "mudança de configuração em uma parte de nossas cargas de trabalho que possuem suporte do Azure".

O Aeroporto Internacional de Hong Kong disse que a falha da Microsoft estava impactando várias companhias aéreas e que passou a realizar o check-in de forma manual, mas as operações de voo não foram afetadas. O aeroporto de Changi, em Cingapura, também disse que os check-ins estavam sendo feitos manualmente.

A empresa de segurança eletrônica Crowdstrike disse que estava trabalhando com os clientes afetados por um defeito encontrado em uma única atualização de conteúdo usado em sistemas Windows.

Companhias aéreas nos Estados Unidos, na Ásia, na Europa e na América Latina informaram nesta sexta-feira sobre atrasos ou interrupções em voos.

No Aeroporto Madrid-Barajas, os passageiros reclamavam de filas e falta de informação.

"Não havia ninguém ao redor para nos informar onde poderíamos realizar o check-in ao chegarmos", afirmou Ana Rodriguez, uma turista mexicana.

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