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    Reportagem da Reuters destaca que decisão de Moraes de bloquear X faz parte da “cruzada contra ataques à democracia" no Brasil

    Decisão de Alexandre de Moraes mira gabinete de ódio de Bolsonaro e notícias falsas na campanha eleitoral

    Alexandre de Moraes e Elon Musk (Foto: Reuters)

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    Reuters - A decisão do juiz brasileiro Alexandre de Moraes de fechar a plataforma de mídia social X do bilionário Elon Musk é apenas o capítulo mais recente de uma cruzada sem barreiras contra os ataques percebidos à democracia e o uso político da desinformação.

    "Temos o direito de defender direitos fundamentais. Aqueles que violam a democracia, que violam direitos humanos fundamentais, seja pessoalmente ou por meio de mídias sociais, devem ser responsabilizados", disse Moraes em um discurso na sexta-feira (30). Moraes ordenou a suspensão total e imediata do X no país até que todas as ordens judiciais relacionadas a essa rede social fossem cumpridas, incluindo o pagamento de multas no valor de 18,5 milhões de reais (US$ 3,28 milhões) e a nomeação de um representante legal no Brasil.

    Moraes ordenou que a agência reguladora de telecomunicações Anatel implementasse a ordem de suspensão e confirmasse ao tribunal dentro de 24 horas que a havia cumprido.

    A investigação que Moraes conduz se concentrou no que ele próprio descreveu como um "gabinete de ódio" que operava de dentro do palácio presidencial de Bolsonaro com o objetivo de atacar oponentes e espalhar mentiras e distorções.

    Entre as falsidades investigadas pelo juiz estavam as críticas de Bolsonaro e seus associados políticos de que o sistema de votação eletrônica do Brasil estaria aberto à manipulação.

    Moraes também foi responsável por investigar uma conspiração para provocar um golpe militar para anular a derrota de Bolsonaro na eleição presidencial de 2022.

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