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    Reuters, maior agência de notícias do mundo, desconfia de Bolsonaro e afirma que ele "diz ter" coronavírus

    Como Jair Bolsonaro se elegeu com mentiras, governa com mentiras e após se dizer infectado passou a fazer propaganda de cloroquina, remédio contestado pela OMS, sua palavra não é levada a sério

    Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

    247 - Após fazer das fake news uma espécie de mantra do governo Jair Bolsonaro, até mesmo o anúncio feito por ele de que está contaminado pela Covid-19 causou desconfiança. A agência de notícias Reuters destacou em seu título sobre o assunto que “Bolsonaro afirma que está com Covid-19”, atribuindo a responsabilidade da informação à declaração feita pelo próprio Bolsonaro durante entrevista nesta terça-feira (7).

    Confira a reportagem da agência de notícias Reuters: 

    Bolsonaro afirma que está com Covid-19

     Lisandra Paraguassu, Reuters - O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira que teve resultado positivo em teste para Covid-19.“Todo mundo sabia que ele (vírus) mais cedo ou mais tarde iria atingir uma parte considerável da população, como tem muita gente... eu, por exemplo, se eu não tivesse feito o exame não saberia do resultado, e ele acabou de dar positivo”, disse Bolsonaro em entrevista transmitida ao vivo pela televisão.

    O presidente realizou o teste na segunda-feira, depois de começar a ter sintomas leves no domingo. Na segunda-feira, Bolsonaro teve dor no corpo e febre de 38 graus.

    No final da tarde de segunda, o presidente disse a apoiadores, em frente ao Palácio da Alvorada, que estava com sintomas e que foi ao Hospital das Forças Armadas fazer uma radiografia de pulmão, mas que não apareceu nenhum problema.

    Bolsonaro também fez questão de informar que já havia começado a tomar hidroxicloroquina, medicamente que não tem comprovação de eficácia contra a Covid-19, mas é defendido pelo presidente.

    Desde a sexta-feira, dois dias antes de apresentar os primeiros sintomas da Covid-19, o presidente teve oficialmente contato com pelo menos duas dezenas de pessoas, de acordo com suas agendas, além de um número não calculado de assessores e assistentes.

    Na lista de pessoas que estiveram com Bolsonaro recentemente estão, por exemplo, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, que almoçou com ele no Palácio da Alvorada. Estavam também no encontro organizado por Skaf, entre outros, Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, Francisco Gomes, da Embraer, Rubens Ometto, da Cosan, e Lorival Nogueira, da BRF.

    No sábado pela manhã, Bolsonaro sobrevoou rapidamente áreas atingidas pelo ciclone em Santa Catarina. Ao chegar a Florianópolis, foi recebido pela vice-governadora Daniela Reinehr, além dos senadores Dário Berger (MDB), Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL).

    O presidente também participou no mesmo dia de evento na embaixada dos Estados Unidos em Brasília, com a presença do embaixador norte-americano, Todd Chapman, para comemorar a independência dos EUA.

    Antes de ser submetido ao exame na segunda-feira, o presidente se reuniu com diversos ministros, incluindo Paulo Guedes (Economia), Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo).

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