Acusado de racismo, Bannon é afastado do Conselho de Segurança dos EUA
Conselheiro mais influente de Donald Trump, Steve Bannon foi afastado do Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês), informou nesta quarta-feira (5) uma fonte da presidência que não quis ser identificada; nomeação dele pelo presidente Donald Trump desatou uma grande polêmica por sua relação com o site de ultradireita Breitbart e por acusações de defender ideias próximas aos supremacistas brancos; Trump encontrou dificuldades para achar um substituto, exatamente devido à polêmica provocada pela inclusão de Bannon no NSC
Rádio França Internacional - Steve Bannon, o polêmico chefe de estratégia da Casa Branca, foi afastado do influente Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês), informou nesta quarta-feira (5) uma fonte da presidência que não quis ser identificada.
A nomeação dele pelo presidente Donald Trump desatou uma grande polêmica por sua relação com o site de ultradireita Breitbart e por acusações de defender ideias próximas aos supremacistas brancos.
O NSC é dirigido pelo general Herbert McMaster desde 20 de fevereiro. Ele tem experiência em missões no Iraque e no Afeganistão e assumiu em substituição ao general Michael Flynn, que foi forçado a renunciar por ocultar contatos com funcionários russos.
Trump encontrou dificuldades para achar um substituto, exatamente devido à polêmica provocada pela inclusão de Bannon no NSC.
O conselho é um órgão discreto, mas altamente estratégico da Casa Branca, já que tem a tarefa de reunir informações para aconselhar diretamente o presidente em matéria de segurança nacional e de política exterior.
Família democrata
Banqueiro de negócios do Goldman Sachs nos anos 1980, Bannon fundou, ao mesmo tempo, um pequeno banco de investimentos, o Bannon & Co, que ele vendeu em 1998, antes de se tornar produtor em Hollywood.
Nos anos 2000, começou a produzir filmes políticos sobre Ronald Reagan, o Tea Party e Sarah Palin, que foi candidata à vice-presidência em 2008 na chapa de John McCain.
Bannon se reencontrou com Andrew Breitbart, fundador do site homônimo, e se uniu à batalha do Tea Party contra a classe política dos Estados Unidos, tanto democrata quanto republicana. Em 2012, com a morte de Breitbart, ele assumiu o comando do site, com sede em Washington.
O ex-presidente da Câmara de Representantes John Boehner foi uma de suas vítimas em 2015, e seu sucessor, Paul Ryan, foi alvo de repetidos ataques do site Breitbart, que o qualificou de ser um líder parlamentar dócil, incapaz de resistir a Barack Obama e defender as ideias conservadoras.
"Venho de uma família democrata de classe trabalhadora, católica irlandesa, pró-Kennedy, pró-sindicatos", disse Bannon em 2015 à agência Bloomberg.
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