Alemanha pressiona Ucrânia a aumentar ataques contra Rússia
Ao mesmo tempo, o chanceler alemão, Olaf Scholz, manifestou apoio a iniciativas de paz com a participação da Rússia
(Sputnik) - A Alemanha decidiu permitir que a Ucrânia ataque o território russo que faz fronteira com a região de Kharkov (também conhecida como Kharkiv) com armas fornecidas por Berlim para dificultar os ataques russos à região, disse o chanceler alemão, Olaf Scholz, em uma coletiva de imprensa.
"Algo precisava ser feito em Kharkov para impedir que a Rússia usasse a fronteira como escudo protetor para ataques massivos contra essa grande cidade", disse Scholz na coletiva de imprensa nesta quarta-feira (24), transmitida pela emissora alemã Phoenix.
O chanceler também disse aos residentes alemães da cidade de Saarbrucken que a decisão de estabelecer uma missão em Wiesbaden para coordenar a assistência militar à Ucrânia e transferir a responsabilidade pela coordenação da assistência a Kiev do grupo de contato de Ramstein para a missão da Otan foi tomada para que ninguém que "acordasse de mau humor" cancelasse o apoio a Kiev.
"Em Washington, decidiu-se que a coordenação das ações de tantos países não seria mais feita em Ramstein pelos Estados Unidos, mas em Wiesbaden dentro das estruturas da Otan, sem que a própria Otan fizesse nada. Isso é muito importante. Mas o fato de que a coordenação aconteceria lá significa claramente que continuaria para sempre e que ninguém de repente acordaria de mau humor uma manhã e diria que agora isso vai acabar", disse Scholz.
Ao mesmo tempo, o chanceler alemão manifestou apoio a iniciativas de paz com a participação da Rússia e reiterou que Berlim não tinha planos de se envolver em um confronto direto com a Rússia.
"Não enviarei soldados para a Ucrânia. Não derrubarei aviões e mísseis russos usando pilotos e caças alemães. Não, não faremos isso, e não permitiremos que nossas armas penetrem profundamente no território russo", acrescentou Scholz.
O porta-voz do gabinete alemão, Wolfgang Buchner, confirmou no final de maio que Berlim permitiu que Kiev usasse armas fornecidas pela Alemanha para atacar o território russo vizinho à região de Kharkov. Ele então garantiu aos jornalistas que Berlim não seria parte do conflito na Ucrânia, apesar de fornecer armas a Kiev.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, que está deixando o cargo, disse em junho que a aliança estava estabelecendo um comando em Wiesbaden para coordenar o treinamento e as doações de equipamentos para a Ucrânia, facilitar a logística de equipamentos e fornecer suporte ao desenvolvimento de longo prazo das forças armadas da Ucrânia.
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