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    Aliados aumentam pressão sobre Ucrânia para negociar o fim da guerra

    O cenário internacional também se tornou mais desfavorável para Kiev

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fala à mídia na frente de um avião de combate F-16 (Foto: REUTERS/Valentyn Ogirenko)

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    247 - A pressão sobre o governo ucraniano para que considere negociações de paz com a Rússia ganhou força nas últimas semanas, especialmente após a visita de Volodymyr Zelensky aos Estados Unidos. Embora Joe Biden tenha anunciado um novo pacote de ajuda militar no valor de 7,2 bilhões de euros, ele também deixou claro que os mísseis de longo alcance fornecidos não poderão ser utilizados em solo russo. Esta posição foi interpretada por muitos como um sinal de que a paciência ocidental está se esgotando. As informações são do El País Espanha.

    A matéria original do jornal ucraniano Pravda, intitulada “Catástrofe americana”, publicada em 26 de setembro, aponta para uma percepção crescente de que a capacidade da Ucrânia de reverter o avanço russo no campo de batalha está diminuindo. Durante sua visita aos Estados Unidos, Zelensky enfrentou uma recepção fria por parte dos republicanos, que deixaram claro que sua prioridade é que Kiev aceite concessões para encerrar o conflito.

    O cenário internacional também se tornou mais desfavorável para Kiev. O recente conflito entre Israel e grupos como Hamás e Hezbollah desviou parte da atenção do Ocidente para o Oriente Médio, diminuindo o foco na guerra na Ucrânia. Além disso, a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, em 2024, colocou um limite de tempo ainda mais urgente para que a Ucrânia consiga demonstrar avanços significativos ou encontrar uma solução diplomática. O novo secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, afirmou em sua primeira conferência pública em 1º de outubro: “Ucrânia provavelmente não existiria hoje sem o apoio dos EUA”.

    Outro elemento de tensão durante a visita de Zelenski foi o tratamento desdenhoso que recebeu do ex-presidente Donald Trump, que ironizou o presidente ucraniano em comícios eleitorais, chamando-o de "o melhor vendedor de todos os tempos", aludindo ao volume de ajuda financeira que o país já recebeu dos EUA. Trump ainda reiterou que, se eleito novamente, a ajuda militar à Ucrânia será interrompida, o que ecoa as declarações de outros líderes republicanos.

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