Ao contrário da proposta chinesa, farmacêuticas ocidentais querem lucro com vacinas
A Moderna Inc e a Merck & Co anunciaram nesta terça-feira que querem lucrar com suas vacinas contra o coronavírus, aumentando os temores de que essas vacinas não sejam acessíveis a todas as pessoas. Um contraste com a posição chinesa: em maio, durante a 73ª Assembleia Mundial da Saúde da OMS, o presidente chinês Xi Jinping garantiu que a vacina chinesa contra o novo coronavírus será "um bem público mundial"
Reuters - A Moderna Inc e a Merck & Co disseram a uma comissão do Congresso dos Estados Unidos nesta terça-feira que esperam lucrar com suas vacinas contra o coronavírus assim que elas foram aprovadas em meio aos temores de que elas não sejam acessíveis a todos.
“Não venderemos nossa vacina a preço de custo, embora seja prematuro para nós, já que estamos longe de entender a base de custo”, disse Julie Gerberding, chefe da área de pacientes da Merck, ao subcomitê de Supervisão e Investigações da Câmara dos Deputados, em uma audiência virtual.
A Merck ainda não iniciou os testes de sua vacina experimental em humanos, o que a deixa atrás das principais candidatas.
Executivos da Johnson & Johnson e da AstraZenecaPlc disseram em depoimentos que venderão suas respectivas vacinas em potencial sem margem de lucro durante a pandemia.
Gerberding e um representante da Moderna não comentaram o preço que têm em mente para suas vacinas na audiência, que se concentrou nos esforços para desenvolver uma vacina segura, eficiente e amplamente acessível contra a Covid-19, que já causou a morte de 600 mil pessoas.
A Pfizer Inc tem dito que a empresa pretende lucrar com sua possível vacina contra coronavírus se esta for aprovada.
Mas o executivo-chefe da farmacêutica, John Young, disse em um depoimento: “Reconhecemos que esta é uma época extraordinária, e nosso preço refletirá isso.”
Ao contrário das rivais Moderna e AstraZeneca, a Pfizer não recebeu financiamento norte-americano para o desenvolvimento de sua vacina.
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