Após morte do presidente, Irã deve realizar novas eleições em 50 dias; entenda como funciona a sucessão
Prazo consta da Constituição iraniana e o aiatolá Ali Khamenei, Líder Supremo do país, tem um papel fundamental no processo de sucessão presidencial
247 - O Irã deverá realizar uma nova eleição presidencial nos próximos 50 dias em função da morte do presidente Ebrahim Raisi, falecido neste domingo (19) em um acidente de helicóptero. O prazo consta da Constituição iraniana e o aiatolá Ali Khamenei, Líder Supremo do país, tem um papel fundamental no processo de sucessão presidencial.
Segundo a legislação, o primeiro vice-presidente, Mohammad Mokhber, assumirá interinamente os poderes e funções do presidente, mas essa transição depende da aprovação do Líder Supremo. Mokhber, que já estava a caminho da área onde ocorreu o acidente, agora aguarda a confirmação de Khamenei para formalizar sua posição como presidente interino.
Paralelamente, a Constituição iraniana exige que uma eleição seja organizada dentro de 50 dias após o vice-presidente assumir a presidência interina em um processo conduzido pelos três chefes dos poderes da república: o presidente do parlamento, o chefe do poder judiciário e o vice-presidente.
Segundo a CNN, o papel do Líder Supremo do Irã não se limita apenas à supervisão dos procedimentos constitucionais. Khamenei, como árbitro final dos assuntos internos e externos, exerce uma influência dominante e a sucessão presidencial está ligada ao apoio e à aprovação do Líder Supremo.
A relação entre o falecido presidente e o aiatolá Khamenei era marcada por uma estreita aliança, em contraste com o mandato do ex-presidente moderado Hassan Rouhani. Esta proximidade fez com que muitos iranianos acreditassem que o presidente teria chances de ascender à liderança suprema após a morte de Khamenei.
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