Após novos ataques de Israel, Blinken vai pressionar por cessar-fogo em Gaza, diz mídia
Esforços diplomáticos para interromper o conflito Israel-Hamas e garantir um acordo para devolver reféns mantidos em Gaza se intensificaram
Sputnik - Neste domingo (18), ataques israelenses mataram 19 pessoas em Gaza, incluindo seis crianças, disseram autoridades de saúde palestinas, antes da visita do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, à região para tentar levar adiante as negociações de cessar-fogo.
De acordo com a Reuters, um ataque aéreo do Exército israelense que destruiu lançadores de foguetes usados para atingir Israel da cidade de Khan Yunis, também eliminou 20 combatentes palestinos e atingiu uma casa com civis na cidade central de Deir Al-Balah, segundo afirmaram autoridades de saúde locais à apuração.
Esforços diplomáticos para interromper o conflito Israel-Hamas e garantir um acordo para devolver reféns mantidos em Gaza se intensificaram nos últimos dias. As negociações mediadas pelos EUA, Egito e Catar devem continuar esta semana no Cairo, após uma reunião de dois dias em Doha na semana passada.
Esta é a décima viagem de Blinken à região desde o início da guerra, dias após os Estados Unidos apresentarem propostas de mediação para evitar uma escalada ainda maior no conflito após a promessa do Irã de retaliação pelo assassinato do líder do Hamas Ismail Haniya em Teerã no dia 31 de julho.
De acordo com a apuração, o gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse em uma declaração no sábado (17) que havia "otimismo cauteloso" de que um acordo poderia ser alcançado e autoridades dos EUA também se mostraram confiantes, ao mesmo tempo que alertaram que ainda havia trabalho a ser feito.
No entanto, o Hamas afirmou que os comentários otimistas dos EUA eram "enganosos" e acusou Netanyahu de impor novas condições em uma tentativa de "explodir" a negociação.
Na última sexta-feira (16), os militares israelenses ordenaram a evacuação de áreas ao norte de Khan Yunis e a leste de Deir Al-Balah, onde centenas de milhares de pessoas deslocadas pelos combates estavam se abrigando em condições terríveis. Dez meses após o início da guerra, os palestinos em Gaza vivem sob o desespero de encontrar um lugar que possam chamar de "seguro".
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários disse que as ordens de sexta-feira, que incluíam outras áreas de enclave fora das zonas humanitárias, reduziram o tamanho da "área humanitária" designada como segura pelas forças israelenses para cerca de 11% da área total da Faixa de Gaza.
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