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    Após reeleição, Putin visitará a China em maio

    "Várias visitas presidenciais e vários contatos de alto nível estão sendo preparados no momento", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov

    O presidente russo, Vladimir Putin, é recebido pelo presidente chinês, Xi Jinping, durante uma cerimônia em Pequim, China, em 17 de outubro de 2023. (Foto: Sputnik/Sergei Savostyanov/Pool via REUTERS)

    Reuters - O presidente russo, Vladimir Putin, viajará para a China em maio para conversar com Xi Jinping, no que poderia ser a primeira viagem ao exterior do chefe do Kremlin em seu novo mandato presidencial, de acordo com cinco fontes familiarizadas com o assunto.

    Na segunda-feira, governos ocidentais condenaram a reeleição de Putin como injusta e antidemocrática. Mas China, Índia e Coreia do Norte parabenizaram o líder veterano por estender seu governo por mais seis anos, destacando as rupturas geopolíticas que se ampliaram desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.

    "Putin visitará a China", disse à Reuters uma das fontes, que falou sob condição de anonimato. Os detalhes foram confirmados de forma independente por outras quatro fontes, que também falaram sob condição de anonimato.

    Outra das fontes afirmou que a viagem de Putin à China provavelmente ocorrerá na segunda quinzena de maio. Duas das fontes disseram que a visita de Putin aconteceria antes da viagem planejada de Xi à Europa.

    O Kremlin, quando questionado sobre a reportagem da Reuters, disse que informações sobre as visitas de Putin seriam divulgadas mais perto da data.

    "Várias visitas presidenciais e vários contatos de alto nível estão sendo preparados no momento", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, aos repórteres. "Nós os informaremos à medida que ficarmos mais perto."

    O Ministério das Relações Exteriores da China não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

    China e Rússia declararam uma parceria "sem limites" em fevereiro de 2022, quando Putin visitou Pequim poucos dias antes de enviar dezenas de milhares de soldados para a Ucrânia, desencadeando a guerra terrestre mais mortal na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

    Os Estados Unidos colocam a China como seu maior concorrente e a Rússia como sua maior ameaça de Estado-nação, enquanto o presidente dos EUA, Joe Biden, argumenta que este século será definido por uma disputa existencial entre democracias e autocracias.

    Putin e Xi compartilham uma visão ampla do mundo, a qual vê o Ocidente como decadente, assim como a China desafia a supremacia dos EUA em tudo, desde a computação quântica e a biologia sintética até a espionagem e o poder militar pesado.

    A China fortaleceu seus laços comerciais e militares com a Rússia nos últimos anos, enquanto Estados Unidos e seus aliados impuseram sanções contra ambos os países, especialmente contra Moscou pela invasão da Ucrânia.

    Diplomatas e observadores estrangeiros disseram que esperavam que Putin fizesse da China sua primeira parada após ser reeleito. A posse presidencial formal de Putin deve ocorrer por volta de 7 de maio.

    Putin disse aos repórteres no domingo que a Rússia e a China compartilham uma visão global semelhante e que desfrutam de relações resilientes, em parte devido às suas boas relações pessoais com Xi, e que Moscou e Pequim desenvolveriam ainda mais os laços nos próximos anos.

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