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Ataques israelenses mataram ao menos 40 socorristas no Líbano nos últimos três dias

A OMS expressa preocupação com a segurança dos profissionais de saúde, pois muitos foram forçados a abandonar seus postos por conta dos bombardeios

Consequências de ataque israelense ao sul de Beirute, no Líbano (Foto: Reuters/Amr Abdallah Dalsh )

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247 - O Ministério da Saúde libanês informou nesta quinta-feira (3) que ao menos 40 socorristas e bombeiros morreram em bombardeios israelenses no país nos últimos três dias. Desde o início dos confrontos entre Israel e o Hezbollah em outubro do ano passado, o número de socorristas mortos subiu para 97, com 188 feridos, de acordo com o ministro da Saúde, Firass Abiad.

Além das baixas entre socorristas, o ministro acrescentou que o número total de mortos nos confrontos chega a 1.974 pessoas, incluindo 127 crianças, enquanto mais de 9.350 ficaram feridas. Os ataques aéreos de Israel, agora combinados com invasões terrestres, têm se intensificado nas últimas semanas, forçando centenas de milhares de pessoas a fugirem das regiões mais atingidas.

A situação dos serviços de saúde no Líbano também é cada vez mais crítica. O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que, nas últimas 24 horas, 28 médicos que estavam em serviço foram mortos durante os ataques israelenses. A OMS expressou preocupação com a segurança dos profissionais de saúde, pois muitos foram forçados a abandonar seus postos por conta dos bombardeios. "Isso está limitando severamente o fornecimento de gerenciamento de traumas em massa e a continuidade dos serviços de saúde", disse Tedros em entrevista coletiva.

A agência global de saúde também relatou que uma grande remessa de suprimentos médicos, planejada para chegar ao Líbano na sexta-feira, não poderá ser entregue devido às restrições de voo causadas pelos ataques. A capacidade dos hospitais no Líbano, segundo o representante da OMS no país, Abdinasir Abubakar, está se esgotando rapidamente: "os hospitais já foram esvaziados. Acho que o que posso dizer por enquanto é que a capacidade de gerenciamento de vítimas em massa existe, mas é apenas uma questão de tempo até que o sistema realmente atinja seu limite".

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