247 - Um ataque aéreo israelense nos subúrbios ao sul de Beirute, na terça-feira (1), resultou na morte de quatro pessoas, incluindo um dirigente do Hezbollah. A investida, que também feriu sete civis, representa mais uma violação do cessar-fogo e intensifica a instabilidade na região. A agência de notícias Reuters informou que o alvo do bombardeio foi Hassan Bdeir, comandante de nível médio do Hezbollah, que estava acompanhado de seu filho, também morto no ataque.
Os militares israelenses alegaram que Bdeir auxiliava o Hamas no planejamento de um "ataque terrorista significativo e iminente contra civis israelenses". No entanto, o Hezbollah classificou o ataque como uma "agressão severa", denunciando-o como uma escalada perigosa da violência. O parlamentar do Hezbollah, Ibrahim Moussawi, declarou: "O ataque israelense representou uma agressão grave e elevou a situação a um nível totalmente diferente". Ele também cobrou do governo libanês uma resposta diplomática contundente para conter as ofensivas israelenses.
O bombardeio ocorreu apenas cinco dias após outro ataque israelense na mesma região, o que demonstra um padrão de violações do cessar-fogo. O Ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, defendeu a ação, afirmando que Bdeir representava "uma ameaça real e imediata" e que o Líbano deveria "erradicar organizações terroristas que agem dentro de suas fronteiras contra Israel".
Por outro lado, líderes libaneses condenaram o ataque, ressaltando que ele viola a Resolução 1701 da ONU, que estabeleceu os termos do cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah. O presidente libanês, Joseph Aoun, declarou que o bombardeio é um "aviso perigoso" e acusou Israel de agir deliberadamente para desestabilizar o país. O primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, reforçou essa posição, afirmando que a ofensiva representa "uma violação flagrante do acordo de cessar-fogo e do direito internacional".
A escalada de tensões no Líbano ocorre em meio à retomada dos ataques israelenses a Gaza, após uma trégua de dois meses, e às ofensivas dos Estados Unidos contra os houthis no Iêmen, aliados do Irã. O Departamento de Estado dos EUA reafirmou seu apoio a Israel, culpando "terroristas" pelo reinício das hostilidades e justificando os bombardeios israelenses como uma resposta a ataques com foguetes vindos do Líbano.
A escalada da violência reforça a preocupação da comunidade internacional com um novo conflito de grandes proporções no Oriente Médio, enquanto Israel continua a violar os acordos firmados e a intensificar seus ataques na região.&nbsp;

José Reinaldo

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Mundo

Israel viola cessar-fogo e comete crime de guerra ao atacar Beirute e assassinar dirigente do Hezbollah

BEIRUTE/JERUSALÉM (Reuters) - Um ataque aéreo israelense matou quatro pessoas, incluindo uma autoridade do Hezbollah nos subúrbios do sul de Beirute na terça-feira, disse uma fonte de segurança libanesa, testando ainda mais um cessar-fogo instável entre Israel e o Hezbollah, grupo apoiado pelo Irã.
Os militares israelenses disseram que a autoridade -- Hassan Bdeir -- era membro de uma unidade do Hezbollah e da Força Quds do Irã, e que ele havia ajudado o grupo palestino Hamas a planejar um "ataque terrorista significativo e iminente contra civis israelenses".
A fonte de segurança libanesa afirmou que o alvo era um representante do Hezbollah cujas responsabilidades incluíam o arquivo palestino. O Ministério da Saúde libanês disse que o ataque matou quatro pessoas -- incluindo uma mulher -- e feriu outras sete.
Esse foi o segundo ataque aéreo de Israel no subúrbio de Beirute controlado pelo Hezbollah em cinco dias, aumentando a pressão sobre o cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos que encerrou o conflito devastador do ano passado.
Os ataques aos subúrbios ao sul de Beirute foram retomados em um momento de escalada mais ampla na região, com Israel reiniciando os ataques em Gaza após uma trégua de dois meses e os Estados Unidos atingindo os houthis, alinhados ao Irã, no Iêmen, em uma tentativa de fazê-los parar de atacar os navios do Mar Vermelho.
O parlamentar do Hezbollah Ibrahim Moussawi disse que o ataque israelense representou "uma agressão grande e grave que elevou a situação a um nível totalmente diferente".
Em uma declaração televisionada após visitar o prédio atingido, ele pediu ao Estado libanês que "acione o mais alto nível de diplomacia para encontrar soluções".
O ministro israelense das Relações Exteriores, Gideon Saar, afirmou que o agente do Hezbollah eliminado representava "uma ameaça real e imediata". "Esperamos que o Líbano tome medidas para erradicar as organizações terroristas que agem dentro de suas fronteiras contra Israel", disse ele.
Israel desferiu duros golpes no Hezbollah durante a guerra, matando milhares de seus combatentes, destruindo grande parte de seu arsenal e eliminando seus principais líderes, incluindo Hassan Nasrallah.
O Hezbollah negou qualquer participação nos recentes ataques com foguetes do Líbano contra Israel, incluindo um que levou Israel a realizar um ataque aéreo nos subúrbios do sul na última sexta-feira.
O ataque da madrugada de terça-feira parece ter danificado os três andares superiores de um prédio, segundo repórter da Reuters que estava no local, com as varandas desses andares destruídas.
Os vidros dos andares inferiores estavam intactos, indicando um ataque direcionado. Ambulâncias estavam no local enquanto famílias fugiam para outras partes de Beirute.
Não houve aviso prévio, em contraste com o ataque de sexta-feira, quando os militares israelenses anunciaram qual prédio pretendiam atingir e ordenaram que os moradores deixassem a área.
O presidente libanês, Joseph Aoun, condenou o último ataque aéreo, chamando-o de "aviso perigoso" que sinaliza intenções premeditadas contra o Líbano, o que intensificaria a aproximação diplomática e mobilizaria aliados internacionais.
O primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, disse que o ataque foi uma violação flagrante de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, na qual o cessar-fogo se baseou, e do acordo de cessar-fogo.

Bianca Penteado

Local de ataque israelense em Beirute
 1/4/2025   

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Brasil

Israel mata autoridade do Hezbollah em ataque aéreo a Beirute

247 - O ativista internacionalista Thiago Ávila concedeu entrevista à TV 247 relatando sua experiência no Líbano após o assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah. Durante a conversa, ele compartilhou detalhes sobre o funeral, as dinâmicas políticas do país e a influência de atores internacionais na região.
Ávila destacou que “só depois de um acordo de cessar-fogo, as autoridades locais avaliaram que era possível fazer um funeral à altura de Nasrallah, recentemente assassinado por Israel”. Segundo ele, a cerimônia reuniu uma multidão de mais de um milhão de pessoas, evidenciando a relevância do líder para a população local.
Ele pontuou que a islamofobia no Ocidente contribui para a falta de compreensão sobre as lideranças libanesas. “A islamofobia do Ocidente faz com que as pessoas não compreendam as lideranças do Líbano”, afirmou. Sobre Nasrallah, Ávila enfatizou que “ele é visto como uma liderança, como um pai para boa parte da população”.
O ativista também abordou a história de divisão política e social no país. “O Líbano viveu muita divisão e um processo de guerra civil”, disse, acrescentando que “os cristãos maronitas receberam muito apoio de Israel e dos Estados Unidos”. Segundo ele, essa dinâmica segue presente na política local, sendo estimulada por potências estrangeiras. “Estados Unidos e Israel tentam promover divisão entre cristãos e muçulmanos xiitas”, explicou.
A desigualdade social também foi mencionada. “Existe também um fator de classe. Os muçulmanos xiitas sempre foram mais precarizados socialmente”, afirmou Ávila, destacando que essa realidade influencia diretamente a organização política e as alianças locais.
O futuro do Hezbollah, segundo o ativista, está intrinsecamente ligado ao contexto geopolítico do Oriente Médio. “O futuro do Hezbollah está conectado ao futuro da região e do eixo da resistência, que foi precarizado”, disse. Para ele, há uma estratégia coordenada para reduzir a influência iraniana no Líbano e em outras partes do Oriente Médio. “O tabuleiro daquela região envolve Estados Unidos, Israel e Turquia tentando varrer qualquer influência iraniana daquela região”, explicou.
Sobre o legado de Nasrallah, Ávila destacou sua posição antiimperialista. “Nasrallah era profundamente antiimperialista e questionava o mundo unipolar”, afirmou. Ele também ressaltou a politização das mulheres no país. “As mulheres do Líbano são extremamente politizadas e inclusive feministas”, pontuou.
O ativista mencionou ainda uma análise do historiador Ilan Pappé sobre o futuro do sionismo. “Ilan Pappé diz que o sionismo está começando o seu fim e eu concordo com isso”, declarou. Ele citou uma pesquisa recente sobre a opinião da população americana em relação a Israel. “Saiu uma pesquisa hoje mostrando que apenas 46% da população dos Estados Unidos apoia o Estado de Israel”, destacou, avaliando que “o dano de imagem de Israel é irrecuperável”.
Para Ávila, os acontecimentos recentes apontam para uma mudança na ordem mundial. “A ordem multipolar está de fato se impondo no mundo”, afirmou. Ele considera que o apoio global à causa palestina expôs contradições do sistema internacional. “O levante global em solidariedade ao povo palestino fez todas as máscaras do imperialismo caírem”, disse.
Apesar do cenário desafiador, Ávila acredita que há possibilidades de mudança. “O mundo avança para um futuro melhor, mas depende de uma batalha que não sabemos se iremos vencer”, afirmou. Ele destacou o papel da Rússia na configuração desse novo contexto. “Vejo a Rússia como um elemento determinante para derrotar o sistema imperialista”, concluiu. Assista:&nbsp;
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Dafne Ashton

Entrevistas

O Líbano como você nunca viu: a experiência de Thiago Ávila

247 – Centenas de milhares de pessoas acompanharam neste domingo (23) o funeral do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, em Beirute, quase cinco meses após sua morte em um ataque aéreo israelense. A cerimônia foi realizada no estádio Camille Chamoun Sports City, localizado nos subúrbios controlados pelo grupo na capital libanesa. Segundo uma fonte de segurança do Líbano citada pela Reuters, a multidão pode ter chegado a um milhão de pessoas.
Carregando bandeiras do Hezbollah e imagens de Nasrallah, apoiadores do grupo xiita vieram não apenas do Líbano, mas de diversas partes da região. Após a cerimônia no estádio, uma procissão funerária percorreu as ruas antes do enterro do líder em um cemitério próximo.
<h3>Impacto da morte e resposta do Hezbollah</h3>
A morte de Nasrallah representou um golpe significativo para o Hezbollah, que ele comandou por décadas, transformando-o em uma força militar de grande influência regional. O grupo enfrentou fortes perdas nos últimos meses devido à escalada das operações militares israelenses no Líbano.
Durante o funeral, o atual líder do Hezbollah, Naim Qassem, discursou para os presentes por meio de uma transmissão de um local não revelado. "Não nos renderemos e não aceitaremos que continuem nos matando e ocupando nossas terras sem resposta", declarou. Qassem afirmou que o Hezbollah continuará lutando pela retirada das forças israelenses e pressionará pela devolução dos corpos de combatentes do grupo detidos por Israel. "Escolhemos disparar quando achamos necessário e somos pacientes quando vemos que é estratégico", acrescentou.
Mesmo após a retirada terrestre da maior parte das forças israelenses do sul do Líbano, a aviação de Israel continua realizando ataques aéreos contra o que considera posições do Hezbollah no país. Durante o funeral, aviões israelenses sobrevoaram Beirute, provocando gritos de "Morte a Israel" entre os participantes.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, publicou nas redes sociais que os sobrevoos eram um "recado claro". "Quem ameaça destruir Israel e ataca Israel terá esse destino. Vocês se especializarão em funerais, e nós em vitórias", escreveu.
<h3>Funeral e repercussão internacional</h3>
A cerimônia contou com a presença de delegações de diversos países, incluindo o chanceler iraniano Abbas Araqchi e representantes de grupos xiitas do Iraque e do Iêmen. O governo iraniano reforçou seu apoio ao Hezbollah e classificou a morte de Nasrallah como um "ato de guerra" por parte de Israel.
O presidente do Líbano, Joseph Aoun, foi convidado para o funeral, mas não compareceu. Em um encontro com autoridades iranianas antes da cerimônia, Aoun afirmou que o Líbano está "cansado das guerras travadas por outros em seu território" e que o país "pagou um preço alto pela causa palestina".
A morte de Nasrallah também impactou a política interna libanesa. Enfraquecido pela guerra com Israel e pela crise econômica, o Hezbollah tem encontrado dificuldades para manter sua influência. A nova composição do governo do Líbano, formada após meses de impasse, não inclui menções diretas à legitimidade do arsenal do Hezbollah, algo que em outros tempos era inquestionável dentro da política libanesa.
Outro homenageado no funeral foi Hashem Safieddine, que assumiu temporariamente a liderança do Hezbollah após a morte de Nasrallah, mas foi morto pouco depois em outro ataque israelense. Como o enterro oficial de Nasrallah foi adiado para permitir a retirada de tropas israelenses do sul do Líbano sob um cessar-fogo mediado pelos EUA, seu corpo foi inicialmente sepultado ao lado de seu filho, Hadi Nasrallah, morto em combate contra Israel em 1997.
O funeral massivo foi visto como uma demonstração de força do Hezbollah, apesar das grandes perdas sofridas. "Perdemos um grande homem, mas não perdemos o valor da resistência, porque a resistência continua firme", declarou Hassan Nasreddine, um dos presentes na cerimônia.
O conflito entre Israel e Hezbollah se intensificou após o grupo libanês entrar em ação em apoio ao Hamas, no início da guerra em Gaza, em outubro de 2023. Com a escalada militar, a situação no Líbano permanece volátil, e o futuro da região segue incerto.

Redação Brasil 247

Multidão acompanha funeral de Hassan Nasrallah em Beirute após ataque israelense

Reuters - Hezbollah condenou no domingo um ataque contra um comboio da Força Interina das Nações Unidas (UNIFIL) em Beirute, ocorrido na sexta-feira, que, segundo o Departamento de Estado dos EUA, teria sido realizado por apoiadores do grupo militante.
A UNIFIL informou na sexta-feira que seu comandante adjunto foi ferido quando o comboio, que transportava os soldados de paz para o aeroporto de Beirute, foi "violentamente atacado".
As autoridades libanesas detiveram mais de 25 pessoas como parte de uma investigação sobre o ataque, que o Departamento de Estado dos EUA afirmou ter sido realizado "supostamente por um grupo de apoiadores do Hezbollah".
Em um comunicado no domingo, o grupo militante apoiado pelo Irã expressou veemente rejeição a qualquer ataque contra as forças da UNIFIL.
Separadamente, o Hezbollah também condenou o exército libanês por ter disparado gás lacrimogêneo no sábado contra manifestantes do grupo que protestavam contra o bloqueio de um voo iraniano para Beirute nesta semana, após acusações do exército israelense de que o Irã estaria usando aviões civis para contrabandear dinheiro para Beirute a fim de armar o grupo libanês.
O Hezbollah pediu que o exército libanês abrisse uma investigação sobre o que descreveu como um "ataque injustificado contra civis pacíficos".
O Irã impediu aviões libaneses de repatriar dezenas de cidadãos libaneses que estavam retidos no Irã na sexta-feira, em um impasse entre os dois países, após o que Teerã descreveu como uma ameaça israelense de atacá-lo.

Leonardo Lucena

Outdoor com foto de Sayyed Hassan Nasrallah e bandeira do Hezbollah no Líbano

Hezbollah denuncia atentado contra comboio da ONU em Beirute

BEIRUTE (Reuters) - O Exército libanês lançou neste sábado gás lacrimogêneo contra apoiadores do Hezbollah que protestavam perto do aeroporto de Beirute contra o bloqueio libanês de um voo iraniano à capital, ocorrido nesta semana, depois de Israel ter acusado Teerã de usar aeronaves civis para contrabandear dinheiro para o grupo libanês.
O parlamentar do Hezbollah Hassan Fadlallah pediu ao Exército que responsabilize os soldados que dispararam contra os manifestantes.
O Exército libanês e o governo “deveriam ter reuniões imediatas para impedir o inimigo israelense de impor o que quiser no aeroporto e de continuar sua ocupação no território libanês, em vez de usar a força contra manifestantes sentados pacificamente em uma via”, afirmou Fadlallah em comunicado.
O Irã impediu na sexta-feira que aviões libaneses repatriassem dezenas de libaneses presos no Irã, gerando um impasse entre os dois países, depois do que Teerã considerou uma ameaça israelense.
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araqchi, falou com seu colega libanês por telefone sobre o assunto. Ambos “declararam estar prontos para negociações construtivas”, informou a imprensa estatal, sem dar mais detalhes.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, disse na sexta-feira que Israel havia ameaçado um avião de passageiros que transportava cidadãos libaneses de Teerã, interrompendo os voos para o aeroporto de Beirute. Ele condenou a suposta ameaça israelense como uma violação da lei internacional.
(Reportagem de Laila Bassam e Ahmed Tolba)

Membros do Hezbollah são alvo de gás lacrimogêneo em protesto contra bloqueio aéreo

247 – Durante um encontro em Washington, na última terça-feira (4), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, presenteou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com um pager dourado.
O gesto faz referência a uma operação militar israelense realizada no Líbano, em setembro de 2024, contra o grupo Hezbollah, apoiado pelo Irã. Na ocasião, Israel lançou um ataque direcionado a pagers usados por integrantes do Hezbollah, resultando em múltiplas explosões. A ofensiva matou pelo menos 37 pessoas e deixou outras quase 3 mil feridas, sendo grande parte das vítimas civis.
Como retribuição, Trump presenteou Netanyahu, durante a reunião, com uma fotografia autografada dos dois líderes.

Netanyahu dá pager a Trump em referência a ataque de Israel contra Hezbollah

247 – Os Estados Unidos anunciaram no domingo (26) que o acordo de cessar-fogo entre Líbano e Israel permanecerá em vigor até 18 de fevereiro
Na sexta-feira (24), Israel declarou que manteria seu exército no sul além do prazo definido para o domingo no cessar-fogo mediado pelos EUA, que interrompeu a guerra do ano passado com o movimento xiita libanês Hezbollah. Forças israelenses mataram 22 pessoas no sul do Líbano no domingo.
"O acordo entre Líbano e Israel, monitorado pelos Estados Unidos, continuará em vigor até 18 de fevereiro de 2025", afirmou a Casa Branca em comunicado.
A Casa Branca também informou neste domingo que os governos do Líbano, de Israel e dos EUA iniciarão negociações para "o retorno de prisioneiros libaneses capturados após 7 de outubro de 2023".
O governo interino do Líbano anunciou nesta segunda-feira (27) que concordou em estender o acordo de cessar-fogo com Israel até 18 de fevereiro.
Israel não informou por quanto tempo suas forças permanecerão no sul, onde, segundo o exército israelense, têm confiscado armas do Hezbollah e desmantelado sua infraestrutura.
Israel afirmou que sua ofensiva contra o Hezbollah visava garantir o retorno de dezenas de milhares de israelenses que deixaram suas casas na fronteira devido ao disparo de foguetes do grupo. A ofensiva israelense no Líbano desalojou mais de um milhão de pessoas no Líbano. (Com informações da Reuters).&nbsp;

Leonardo Sobreira

Líbano concorda em estender cessar-fogo com Israel até 18 de fevereiro

247 - O exército israelense não concluirá sua retirada do sul do Líbano até o prazo final de domingo, informou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nesta sexta-feira (24), conforme noticiado pela agência Reuters. 
Segundo o premiê, o Líbano ainda não aplicou totalmente o acordo de cessar-fogo. "Uma vez que o acordo de cessar-fogo ainda não foi totalmente implementado pelo Estado do Líbano, o processo de retirada faseado continuará em plena coordenação com os Estados Unidos", disse o gabinete do primeiro-ministro.
O acordo, mediado por Estados Unidos e França, encerrou mais de um ano de hostilidades entre Israel e o movimento xiita libanês Hezbollah. Os ataques de Israel deslocaram mais de 1,2 milhão de pessoas no Líbano e deixou o Hezbollah seriamente enfraquecido.
Sob o acordo, que entrou em vigor em 27 de novembro, as armas e os combatentes do Hezbollah devem ser retirados das áreas ao sul do rio Litani e as tropas israelenses devem se retirar à medida que os militares libaneses se deslocam para a região, tudo dentro de um prazo de 60 dias que deveria ser concluído no domingo às 4h.

Forças israelenses permanecerão no sul do Líbano além do prazo de retirada

247 - Aviões de guerra israelenses realizaram novos ataques aéreos, atingindo nos últimos dias áreas no leste e sul do Líbano e também na região da fronteira, em meio ao acordo vigente de cessar-fogo entre o movimento xiita libanês Hezbollah e Israel.&nbsp; A Agência Nacional de Notícias do Líbano (NNA) informou que bombardeios no último domingo (14) atingiram a cidade de Jenta, no distrito de Baalbek-Hermel, mas não forneceu informações sobre possíveis vítimas. Uma fonte de segurança disse à Rádio do Exército Israelense nesta terça-feira (14) que os militares israelenses atacaram passagens de fronteira entre o Líbano e a Síria supostamente controlados pelo Hezbollah. Israel também lançou dois ataques nos arredores da cidade de Houmin Al-Fawqa, no distrito de Nabatieh, no sul do Líbano, segundo a transmissão.&nbsp;  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20240930180944_f40017e2380802f672beda5e452628d13ce5712cd5a2d511ba9e91a2f1a9951a.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20240930180944_f40017e2380802f672beda5e452628d13ce5712cd5a2d511ba9e91a2f1a9951a" data-rendition-name="original" width="1280" height="831" loading="lazy" alt="hezbollah-israel"><figcaption>Bandeiras do Hezbollah e de Israel (Foto: Dado Ruvic/Reuters)</figcaption></figure>  Em 1º de outubro de 2024, Israel lançou uma operação terrestre contra o movimento xiita libanês Hezbollah no sul do Líbano, enquanto continuava a trocar ataques aéreos e de foguetes com os militantes. Israel afirmou que seu principal objetivo era criar condições para o retorno dos 60 mil residentes que fugiram dos bombardeios no norte do país.&nbsp; Um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos entre Israel e o Hezbollah entrou em vigor em 27 de novembro de 2024. Apesar da trégua, as forças armadas israelenses continuaram a invadir o espaço aéreo libanês, atacando alvos no sul, realizando reconhecimento aéreo sobre Beirute e grandes cidades, além de promover incursões em vilarejos fronteiriços. Washington concordou em fornecer garantias a Israel, incluindo apoio a ações militares israelenses contra ameaças iminentes provenientes do Líbano, além de medidas para impedir o possível restabelecimento da presença militar do Hezbollah no sul do Líbano. (Com informações da Sputnik).&nbsp;

Pessoas caminham sobre os escombros no local do ataque aéreo israelense que matou o líder do Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, nos subúrbios ao sul de Beirute, Líbano, 29 de setembro de 2024

Israel intensifica ataques às vésperas do prazo para retirada do Líbano

Por Laila Bassam e Tom Perry
BEIRUTE (Reuters) - O presidente do Líbano, Joseph Aoun, convocou Nawaf Salam, chefe da Corte Internacional de Justiça, para o cargo de primeiro-ministro após a maioria dos parlamentares indicá-lo nesta segunda-feira.
A decisão foi um grande golpe para o Hezbollah, que acusou os oponentes de tentar excluí-lo.
A escolha de Salam enfatizou uma grande mudança no equilíbrio de poder entre as facções sectárias do Líbano desde que o grupo xiita Hezbollah, apoiado pelo Irã, foi atingido em uma guerra com Israel no ano passado e seu aliado sírio Bashar al-Assad foi derrubado.
A Presidência do Líbano disse que Salam, atualmente fora do país, devendo retornar na terça-feira, garantiu o apoio de 84 dos 128 parlamentares, e Aoun o convocou para designá-lo para formação do governo.
Salam obteve o apoio de facções cristãs e drusas, além de importantes parlamentares muçulmanos sunitas, inclusive aliados do Hezbollah.
Mas os parlamentares do Hezbollah e de seu aliado xiita, o Movimento Amal, que detêm todas as cadeiras reservadas aos xiitas no parlamento, não nomearam ninguém, indicando que neste momento não pretendem participar do governo de Salam.
O parlamentar sênior do Hezbollah, Mohammed Raad, cujo grupo apoiado pelo Irã queria que Najib Mikati permanecesse no cargo, disse que os oponentes do Hezbollah estão trabalhando pela fragmentação e exclusão. Ele afirmou que o grupo havia "estendido a mão" ao eleger Joseph Aoun como presidente na semana passada e agora a "mão foi cortada".
A eleição na semana passada do comandante do exército, general Aoun, que conta com o apoio de Estados Unidos e Arábia Saudita, foi outro sinal de mudanças no cenário político, no qual o Hezbollah há muito tempo detinha uma influência decisiva.
Cristão maronita, Aoun realizou consultas sobre a escolha do primeiro-ministro com os 128 parlamentares nesta segunda-feira. Ele é obrigado a escolher o candidato com o maior número de votos.
O primeiro-ministro deve ser um muçulmano sunita, de acordo com o sistema sectário de compartilhamento de poder do Líbano, que distribui os cargos estatais com base em afiliação religiosa. A Presidência vai para um cristão maronita e o presidente do parlamento deve ser um muçulmano xiita.
Os parlamentares do Hezbollah compareceram à reunião com Aoun mais tarde do que o programado, atrasando sua chegada ao perceberem o ímpeto de Salam, disse uma fonte do Hezbollah.
O Hezbollah acreditava que se havia chegado a um entendimento político sobre a eleição de Mikati antes de o grupo concordar em eleger Aoun, segundo a fonte.
DESAFIOS FUTUROS - Os aliados sunitas e cristãos do Hezbollah estão entre os que nomearam Salam. Faisal Karami, um parlamentar sunita alinhado ao grupo, disse que indicou Salam, citando exigências de "mudança e renovação" e o apoio árabe e internacional ao Líbano.
A eleição de Aoun e a designação de um novo premiê são passos para reavivar as instituições do governo libanês, que estão paralisadas há mais de dois anos, sem que o país tenha um chefe de Estado ou um gabinete com plenos poderes.

Juiz Nawaf Salam, presidente da Corte Internacional de Justiça, será o primeiro-ministro do Líbano - 17/05/2024

Em golpe para o Hezbollah, Nawaf Salam será primeiro-ministro do Líbano

247 - Confrontos intensos eclodiram na região próxima à fronteira entre o Líbano e a Síria, a oeste de Damasco, envolvendo forças sírias, combatentes do Hezbollah e soldados libaneses. O confronto resultou no ferimento de quatro soldados libaneses. Em resposta, a Síria decidiu fechar diversas passagens de fronteira e suspender a isenção de visto para cidadãos libaneses.
Em comunicado divulgado na plataforma X, o exército libanês informou que os confrontos foram retomados na área de Ma'arboun-Baalbek, situada na fronteira sírio-libanesa, após militantes sírios atacarem uma unidade militar libanesa com armas de médio calibre. Mais cedo, o exército já havia relatado que forças sírias abriram fogo contra uma unidade militar libanesa que estava fechando uma passagem ilegal na mesma região.
O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, discutiu os incidentes por telefone com Ahmed Al-Sharaa, líder do grupo terrorista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que derrubou o presidente Bashar al-Assad em dezembro passado. Segundo comunicado do gabinete de Mikati, a conversa abordou os recentes confrontos entre o exército libanês e militantes sírios na fronteira oriental do Líbano.
Paralelamente, Israel segue expandindo sua influência sobre territórios sírios e recursos naturais sem enfrentar resistência significativa. O Monte Hermon, que anteriormente fazia parte da zona tampão administrada pela ONU no Golã – área estratégica entre Síria, Líbano e as Colinas de Golã ocupadas por Israel – está agora fora do controle do regime terrorista sírio. (Com informações da Xinhua).&nbsp;

Gesto dos combatentes terroristas, depois que eles tomaram a capital e depuseram o presidente Bashar al-Assad, em Damasco, na Síria

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