Ataques israelenses na Síria deixam ao menos 16 mortos

(Reuters) - Ataques aéreos israelenses mataram 16 pessoas no oeste da Síria e feriram dezenas de outras durante a noite, informou a mídia estatal síria nesta segunda-feira, o ataque israelense mais letal relatado pelas autoridades sírias desde que o complexo da embaixada iraniana em Damasco foi atingido em abril.

Não houve comentário imediato de Israel, que normalmente permanece em silêncio sobre relatos de ataques na Síria.

A agência de notícias estatal síria SANA, citando uma fonte militar, disse que Israel lançou os ataques por volta das 23h20 de domingo e teve como alvo "várias instalações militares na região central", sem detalhar o que foi atingido.

As defesas aéreas sírias abateram alguns dos mísseis, afirmou a fonte. De acordo com a SANA, uma autoridade de saúde local disse que 36 pessoas ficaram feridas, seis das quais em estado grave.

Duas fontes regionais de inteligência disseram que um importante centro de pesquisa militar para a produção de armas químicas localizado perto de Masyaf, na província de Hama, perto da costa do Mediterrâneo, foi atingido várias vezes. Elas disseram que se acredita que o centro abrigava uma equipe de especialistas militares iranianos envolvidos na produção de armas.

No entanto, uma fonte militar regional sênior próxima a Damasco e Teerã negou os relatos de que se tratava de uma instalação de armas químicas, dizendo que o alvo era uma instalação de pesquisa síria bem conhecida.

O Ministério das Relações Exteriores da Síria condenou o ataque como um ato de agressão flagrante. Além de 16 mortes e 36 feridos, o ataque causou "danos materiais a algumas áreas residenciais", afirmou em um comunicado divulgado pela SANA.

O porta-voz do ministro das Relações Exteriores do Irã Nasser Kanaani disse que Teerã condenou veementemente o "ataque criminoso" na Síria.

Há anos, Israel tem como alvo o que descreve como alvos iranianos ou apoiados pelo Irã na Síria, onde as forças iranianas e as milícias apoiadas por Teerã foram amplamente mobilizadas para apoiar o presidente Bashar al-Assad durante a guerra civil da Síria.

A campanha foi intensificada desde o ataque a Israel liderado pelo Hamas em 7 de outubro a partir de Gaza, incluindo o ataque de 1º de abril que atingiu o complexo da embaixada iraniana e matou comandantes iranianos de alto escalão, incluindo um dos principais generais de Teerã.