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    Bardella poderá ser o novo primeiro-ministro francês se a direita vencer as eleições antecipadas

    Marine Le Pen e Jordan Bardella celebraram o resultado como um "referendo contra Macron"

    Jordan Bardella (Foto: Reuters)

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    247 – O presidente francês Emmanuel Macron anunciou a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de novas eleições parlamentares após a derrota de seu partido nas eleições europeias, conforme reportado pela AFP/Ludovic Marin. A decisão foi tomada após a vitória significativa do partido de direita Rassemblement National (RN), liderado por Marine Le Pen, que obteve 31,5% dos votos, deixando a lista pró-europeia de Macron muito atrás.

    As eleições ocorrerão no final de junho, com o segundo turno marcado para 7 de julho. Macron destacou em um discurso televisivo que as partes de extrema-direita obtiveram quase 40% dos votos na França e que ele não poderia ignorar tal resultado. O presidente descreveu sua decisão como "grave" e afirmou confiar no julgamento dos franceses para as próximas eleições.

    O RN já é considerado o favorito nas novas eleições, com pesquisas sugerindo que o partido de Le Pen poderia obter a maioria absoluta na Assembleia Nacional. Caso isso aconteça, Jordan Bardella, de 28 anos, poderá se tornar o novo primeiro-ministro francês, nomeado por Macron, segundo reportagem do Die Welt.

    Macron, no entanto, parece acreditar que os franceses reconsiderarão suas escolhas políticas na nova votação, possivelmente evitando um governo dominado pela extrema-direita. A estratégia de Macron pode ser também expor a inexperiência do RN na governança, especialmente antes das eleições presidenciais de 2027, nas quais ele não poderá concorrer.

    Desde que assumiu o poder em 2017, Macron tem se posicionado como um baluarte contra a ascensão da extrema-direita na França. A derrota nas eleições europeias, onde o partido de Macron, Besoin d’Europe, obteve apenas 15% dos votos, reforçou a necessidade de uma resposta política imediata.

    Marine Le Pen e Jordan Bardella celebraram o resultado como um "referendo contra Macron", criticando a administração atual e prometendo mudanças significativas. A direita populista, incluindo aliados de Le Pen, conquistou cerca de 37% dos votos, enquanto outras forças políticas, como o bloco socialista-liberal e a esquerda radical, obtiveram menores proporções de votos.

    A expectativa agora é se os eleitores franceses seguirão apoiando o RN nas eleições parlamentares, potencialmente transformando o panorama político francês.

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