Biden afirma que acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas é iminente
Israel aprovou planos para retirar tropas de Gaza e Hamas enviou resposta
247 - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta segunda-feira (13) que Washington está prestes a concluir um acordo de cessar-fogo entre Israel e o movimento palestino Hamas, informou o The Guardian. Biden não forneceu muitos detalhes.
Já se passou mais de um ano desde a implementação do primeiro acordo de troca de reféns com o Hamas e, desde então, as duas partes têm negociado por meio de intermediários sobre o destino dos prisioneiros restantes. Nas últimas semanas, as conversas se intensificaram, com fontes informadas relatando avanços.
Israel aprovou planos para retirar tropas de Gaza após avanços nas negociações de troca de prisioneiros com o Hamas, informou o jornal israelense Haaretz no último sábado (11).
De acordo com a reportagem, as Forças de Defesa de Israel aprovaram diversas estratégias para a retirada "ágil" das tropas da Faixa de Gaza, em resposta aos avanços nas negociações. Uma das principais opções consideradas é a retirada pelo Corredor de Netzarim, que corta Gaza ao meio.
O Hamas entregou uma resposta à proposta de um acordo sem quaisquer comentários, informou a emissora Al Arabiya nesta segunda-feira.
O mediador Catar entregou a Israel e ao Hamas um rascunho final de um acordo nesta segunda-feira, depois de um "avanço" em conversas com a presença do enviado do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, informou a emissora Reuters nesta segunda-feira.
Em outubro de 2023, Israel foi alvo de uma operação militar sem precedentes com foguetes lançados da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas. Além disso, militantes invadiram áreas fronteiriças, abriram fogo contra militares e civis e fizeram reféns. As autoridades israelenses afirmam que cerca de 1,200 pessoas foram mortas durante o ataque.
Mais de 250 pessoas foram capturadas no ataque e levadas para a Faixa de Gaza. De acordo com dados israelenses, 98 pessoas ainda estão em cativeiro, incluindo algumas que são consideradas mortas. Por meio de operações militares e esforços humanitários, 156 pessoas foram resgatadas do cativeiro, incluindo reféns mortos cujos corpos foram recuperados.
Em resposta, as Forças de Defesa de Israel lançaram a "Operação Espadas de Ferro" na Faixa de Gaza e impuseram um bloqueio total ao enclave. O número de mortos na Faixa de Gaza devido aos ataques indiscriminados israelenses ultrapassou 46 mil desde 7 de outubro de 2023, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza.
Em dezembro de 2023, a África do Sul apresentou uma queixa contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) e pediu a adoção de medidas provisórias contra autoridades israelenses diante de ações genocidas. A África do Sul alegou que as ações de Israel contra os palestinos na Faixa de Gaza violavam obrigações sob a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio.
Em janeiro de 2024, a CIJ ordenou que Israel tomasse todas as medidas necessárias para prevenir o genocídio na Faixa de Gaza, punisse os defensores do genocídio contra os palestinos e garantisse o fluxo de ajuda humanitária para o povo de Gaza. No entanto, não obrigou Israel a interromper a ofensiva, como havia solicitado a África do Sul na ação judicial. Diversos países, incluindo o Brasil, apoiam o processo contra Israel.
Em novembro de 2024, a CIJ emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e lideranças do Hamas, citando crimes de guerra.
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