Biden mira taxação de ricos em tour eleitoral na crucial Pensilvânia
Biden venceu na Pensilvânia em 2020 por menos de 1,5 ponto percentual, ou cerca de 80.000 votos
FILADÉLFIA (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dá início nesta terça-feira a uma viagem por várias cidades do Estado da Pensilvânia, com uma parada em sua cidade natal, Scranton, onde renovará apelos para aumentar os impostos cobrados dos norte-americanos ricos e das grandes corporações.
Com 19 delegados no colégio eleitoral, um dos maiores números entre todos os 50 Estados dos EUA, e eleitores que oscilam entre apoiar democratas e republicanos, a Pensilvânia é um dos principais campos de batalha na eleição presidencial de 2024, que será uma revanche entre Biden e seu rival republicano, o ex-presidente Donald Trump.
Biden, que passou parte de sua infância em Scranton antes de sua família se mudar para Delaware, venceu na Pensilvânia em 2020 por menos de 1,5 ponto percentual, ou cerca de 80.000 votos. Trump venceu Hillary Clinton no Estado por menos de 45.000 votos em 2016. As pesquisas de opinião mostram outra disputa acirrada.
Biden irá a Pittsburgh na quarta-feira e à Filadélfia na quinta-feira, como parte de um esforço para traçar contrastes com Trump em relação a políticas fiscais e econômicas. Trump esteve no leste da Pensilvânia no sábado para um comício que atraiu milhares de apoiadores.
"Você tem Joe Biden, um candidato que vê o mundo na mesa da cozinha onde cresceu em Scranton, Pensilvânia, e Donald Trump, que vê o mundo de seu clube de campo em Mar-a-Lago", disse Michael Tyler, diretor de comunicações da campanha de Biden.
Biden enfrenta as preocupações dos eleitores com a economia dos EUA, apesar do crescimento do emprego, do consumo saudável e das altas do Produto Interno Bruto (PIB) acima do esperado. Os eleitores culpam Biden pelo aumento dos custos de uma série de itens, desde mantimentos até materiais de construção, junto das altas taxas de juros.
A última pesquisa Reuters/Ipsos revelou que os eleitores confiam mais em Trump do que em Biden para gerir a economia e os empregos, por uma margem de 39% a 33%.
Biden está apostando que sua mensagem econômica populista, que inclui um novo imposto para bilionários e o fechamento de brechas corporativas, animará a forte classe trabalhadora de um Estado que os democratas dominavam antes do surgimento de Trump.
O presidente precisa conter as deserções de eleitores brancos e sem formação universitária na Pensilvânia e em outros Estados competitivos do cinturão da ferrugem, como Michigan e Wisconsin, se quiser permanecer na Casa Branca, disseram assessores de campanha.
As primárias republicanas e democratas no Estado ocorrem em 23 de abril.
Biden ainda enfrenta críticos que dizem que ele não tem feito o suficiente para travar a crise humanitária em Gaza, onde a campanha aérea e terrestre de Israel tem levado a doenças e à fome no enclave palestino.
Eleitores organizaram esforços para se opor a Biden em primárias democratas de outros Estados competitivos, como Michigan, Wisconsin e Carolina do Norte. O presidente também tem enfrentado protestos em muitos eventos públicos nos últimos meses.
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