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    Biden pode aplicar sanções contra o Tribunal Penal Internacional após pedido de prisão de Netanyahu por crimes de guerra

    Decisão confirma o apoio dos Estados Unidos a Israel, que vem promovendo o genocídio do povo palestino

    (Foto: Reuters )

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    247 – A administração de Joe Biden está disposta a trabalhar com o Congresso em possíveis sanções contra o Tribunal Penal Internacional (TPI), após o procurador da corte anunciar a intenção de emitir mandados de prisão para altos funcionários israelenses, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e do Hamas. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, na terça-feira, segundo reporta o Financial Times.

    Os republicanos do Congresso indicaram que pretendem introduzir uma legislação que imponha custos ao tribunal por sua decisão, e espera-se que forcem uma votação sobre uma medida que pode expor as divisões com os democratas em relação à guerra Israel-Hamas. Jim Risch, principal republicano no comitê de relações exteriores do Senado, questionou Blinken em uma audiência se ele apoiaria uma legislação para conter a interferência do TPI “nos assuntos de países que possuem um sistema judicial democrático independente e legítimo”.

    Blinken afirmou que a administração Biden consideraria as propostas republicanas e trabalharia de forma bipartidária para encontrar uma resposta apropriada. Ele mencionou que as sanções aplicadas pela administração Trump em 2020 contra altos funcionários do TPI foram removidas em 2021, embora o governo Biden se opusesse às ações do tribunal relacionadas ao Afeganistão e aos territórios palestinos.

    A Casa Branca ainda está discutindo os próximos passos, e a porta-voz Karine-Jean Pierre afirmou que a administração está em diálogo com o Congresso. A unidade entre os republicanos é clara em sua intenção de censurar o tribunal, com o presidente da Câmara, Mike Johnson, avaliando realizar uma votação sobre as sanções ainda esta semana. Entretanto, a posição dos democratas permanece incerta.

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em entrevista, ecoou a reação de Biden, descrevendo a decisão do TPI como “ultrajante” e acusando o procurador de demonizar o estado judeu.

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