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    'Biden tem clareza que a guerra na Ucrânia precisa parar', diz Lula

    Presidente publicou no Twitter um balanço de suas conversas com Joe Biden em Washington

    Lula e Joe Biden no Salão Oval da Casa Branca (Foto: Jonathan Ernst/Reuters)

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    247 - Após pousar no Brasil neste sábado (11), o presidente Lula publicou no Twitter um balanço de seu encontro com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Washington. 

    O mandatário petista destacou a necessidade de combater, "com muita habilidade e coragem", a extrema direita, que ameaça a ordem democrática tanto no Brasil, com o bolsonarismo, quanto nos EUA, com o trumpismo. 

    Ele também negou que tenha ido aos EUA para discutir uma assistência financeira de apenas "alguns milhões de dólares". "O Brasil tem o maior potencial de transição ecológica. O Brasil tem 5 biomas que queremos cuidar bem, uma floresta que queremos proteger", rebateu Lula. 

    O presidente foi atacado por setores da imprensa que se negam a reconhecer o evidente sucesso da viagem a Washington. Eles citam, por exemplo, o aporte inicial, abaixo das expectativas, de US$ 50 milhões dos EUA ao Fundo Amazônia. 

    Por fim, Lula comentou sobre seu plano de trazer a paz para a Ucrânia, que já enfrenta a Rússia há quase um ano em uma guerra que põe o mundo em risco real de catástrofe nuclear. 

    Segundo Lula, Biden compartilha o interesse em fazer a guerra parar. "Precisamos começar um grupo de países que se organiza pela paz. Alguém tem que falar para o Putin e o Zelensky para pararem a guerra. Acho que o Biden tem a clareza que a guerra tem que parar. E eu disse pro Biden que temos disposição de conversar", disse Lula.

    Washington tem ressalvas sobre a proposta de Lula de criar um grupo de países neutros e emergentes para negociar o fim da guerra na Ucrânia. O porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse neste sábado que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, determinará a hora de conversar com a Rússia após o sucesso de Kiev no campo de batalha.

    Temos de permanecer na tarefa de apoiar a Ucrânia para que ela tenha sucesso no campo de batalha. Para que se o presidente Zelensky determinar que é hora de negociar e sentar à mesa para resolver isso diplomaticamente, ele possa fazer isso em pé de igualdade. Ele pode fazer isso com a força que ele sabe que vai precisar naquela negociação", disse Kirby. 

    Do outro lado, a Rússia exige o reconhecimento das novas realidades territoriais na Ucrânia para que as negociações iniciem. Além da Crimeia, reintegrada à Rússia em 2014, há quatro regiões que, em setembro do ano passado, votaram pela união com Moscou.

     

     

     

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