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    Blinken diz ter discutido com autoridades ucranianas ataques de longo alcance contra a Rússia

    EUA buscam detalhes sobre os alvos que a Ucrânia pretende atingir

    David Lammy e Antony Blinken em Kiev 11/9/2024 (Foto: Leon Neal/Pool via REUTERS)

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    247 - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou nesta quarta-feira (11) que discutiu a questão dos ataques com armas de longo alcance à Rússia com o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, e com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

    Segundo a agência Bloomberg, Blinken e o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, viajaram a Kiev para questionar o governo ucraniano sobre seus planos para o conflito no próximo ano. Eles buscaram detalhes sobre os alvos que a Ucrânia pretende atingir e os motivos por trás desses ataques, em meio à incursão ucraniana na região russa de Kursk e ataques de drones ucranianos a Moscou. 

    "Discutimos ataques de longo alcance, mas também uma série de outras questões, e como disse no início, vou levar essa discussão de volta a Washington para informar o presidente sobre o que ouvi", disse Blinken durante uma coletiva de imprensa em Kiev. 

    No início desta semana, o presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos EUA, Michael McCaul, teria afirmado que Blinken notificaria as autoridades ucranianas de que poderiam usar armas de longo alcance fornecidas pelos EUA para atingir alvos dentro da Rússia, de acordo com a agência Sputnik.

    A administração Biden, no entanto, já declarou que sua política atual não permite que a Ucrânia use armas de longo alcance fornecidas pelos EUA para atingir alvos em território russo.

    Os chefes de relações exteriores dos EUA e Reino Unido também prometeram continuar a fortalecer as capacidades de defesa da Ucrânia nas próximas semanas e aumentar a ajuda financeira.

    Sybiha afirmou nesta quarta-feira que discutiu com o chefe da Otan, Jens Stoltenberg, sobre a possibilidade de suspender as restrições ao uso de armas fornecidas pelo Ocidente para atacar em território russo.

    "Reforcei mais uma vez a necessidade vital de que a Ucrânia possa usar as armas disponíveis contra alvos militares legítimos na Rússia sem restrições. Agradeci ao secretário-geral pelo seu apoio pessoal nesse e em outros assuntos", disse ele no X (antigo Twitter).

    O chanceler ucraniano também mencionou que discutiram o aumento e a continuidade da ajuda militar à Ucrânia, além da produção e investimentos na indústria de defesa ucraniana. Ele ainda reafirmou a ambição de Kiev de aderir à Otan.

    A mídia ocidental citou Stoltenberg na semana passada, dizendo que os aliados da Otan estavam em discussões sobre permitir que Kiev usasse mísseis de longo alcance para ataques contra a Rússia, destacando que acessar instalações militares russas seria uma oportunidade significativa para a Ucrânia.

    O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, reagiu às declarações, afirmando, nesta quarta-feira, que a possível suspensão das restrições aos ataques de Kiev em território russo aumentariam os riscos para os próprios EUA.

    "Assim como outros sinais e ações que estamos observando — de caráter escalatório — essa declaração não mudará nosso curso, mas aumentará os riscos e perigos, inclusive para os próprios EUA e seus aliados, clientes e subordinados", disse Ryabkov. A declaração foi citada pela Sputnik. 

    Os EUA estão interessados em fortalecer sua própria segurança, por isso deveriam parar com essas declarações "provocativas" e evitar fornecimentos que incitem Kiev a tomar medidas que possam agravar ainda mais a situação, acrescentou o diplomata.

    A Rússia alertou que o fornecimento de armas a Kiev prejudica o processo de paz no conflito da Ucrânia e torna os países da Otan parte do conflito.

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