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      Boca de urna confirma vitória de direita moderada na Alemanha; extrema-direta dobra de tamanho

      Friedrich Merz lidera com 29% dos votos, enquanto Alternativa para a Alemanha (AfD) surpreende com 19,5%, segundo pesquisas de boca de urna

      Friedrich Merz, líder do partido conservador União Democrata-Cristã (CDU), de oposição, durante sessão do Parlamento da Alemanha, em Berlim 07/11/2024 (Foto: REUTERS/Liesa Johannssen)
      Laís Gouveia avatar
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      247 - Nas eleições legislativas realizadas neste domingo na Alemanha, o bloco conservador liderado por Friedrich Merz, composto pela União Democrata-Cristã (CDU) e União Social-Cristã (CSU), emergiu como a força mais votada, obtendo entre 28,5% e 29% dos votos, de acordo com pesquisas de boca de urna divulgadas pelas emissoras públicas ZDF e ARD. A informação foi reportada pela Reuters. 

      Um dos destaques desta eleição foi o desempenho da Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema-direita que quase dobrou sua votação em relação ao pleito de 2021, alcançando entre 19,5% e 20% dos votos. Este resultado coloca a AfD na segunda posição, à frente do Partido Social-Democrata (SPD) do atual chanceler Olaf Scholz, que obteve cerca de 16%, registrando seu pior desempenho desde o pós-guerra. 

      A participação eleitoral foi notavelmente alta, atingindo 86%, a maior desde a reunificação alemã. Este aumento na participação reflete o clima de polarização e o engajamento dos eleitores diante dos desafios políticos atuais.

      A ascensão da AfD representa um marco significativo no cenário político alemão. A líder do partido, Alice Weidel, expressou prontamente a disposição da legenda em participar de um governo de coalizão. No entanto, os principais partidos mantêm uma postura de isolamento em relação à AfD, tornando improvável sua inclusão no governo. 

      Friedrich Merz, que está prestes a se tornar o próximo chanceler, enfrenta agora o desafio de formar uma coalizão governamental em um parlamento fragmentado. As opções incluem uma "grande coalizão" com o SPD ou alianças tripartites que envolvam partidos menores, como os Verdes ou o Partido Democrático Liberal (FDP). As negociações serão complexas, especialmente devido às divergências em temas como migração e políticas econômicas.

      O atual chanceler, Olaf Scholz, poderá permanecer como líder interino durante o período de negociações, que pode se estender por meses. Enquanto isso, políticas essenciais podem enfrentar atrasos, aumentando a pressão para a formação de um governo estável e funcional.

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