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    Brasil é convidado para cúpula no Egito sobre a guerra em Gaza

    Egito está sob pressão para permitir a passagem de civis que se encontram na Faixa de Gaza por sua fronteira

    Ataque de Israel a hospital de Gaza mata cerca de 500 pessoas (Foto: Reprodução)

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    247 - O Egito convidou o Brasil para participar de uma cúpula internacional, que ocorrerá no próximo sábado (21) em Cairo, para discutir a crise entre Israel e o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, segundo informação do g1. O evento foi organizado devido à escalada do conflito na região nos últimos dias, com foco principal na crise em Gaza. Além das autoridades do Egito, outras nações árabes e do Golfo, como Iraque, Turquia, Catar, Espanha e a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também foram convidadas. O Brasil ainda não anunciou quem será o representante enviado para a cúpula.

    Uma das razões para o Egito organizar essa reunião internacional foi a pressão para permitir que civis na Faixa de Gaza cruzem a fronteira do país, criando um corredor humanitário. No entanto, as autoridades egípcias ainda não definiram um momento para isso. O governo egípcio afirma que o objetivo do encontro é discutir questões que possam intensificar a assistência humanitária à Faixa de Gaza. Além disso, o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, viajou para Nova York, nos Estados Unidos, devido à agenda do Brasil na presidência do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Ele terá encontros relacionados à questão do conflito entre Israel e o Hamas. >>> Governo Lula assegura assistência a brasileiros repatriados de Gaza

    EUA vetam proposta do Brasil para pausar a guerra

    O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou nesta quarta-feira (18) a proposta apresentada pelo governo brasileiro sobre o conflito envolvendo Israel e o grupo extremista palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza. O texto pedia pausas humanitárias aos ataques entre Israel e o Hamas para permitir o acesso de ajuda à Faixa de Gaza.

    O resultado da votação foi 12 votos a favor, duas abstenções, sendo uma da Rússia, e um voto contrário, por parte dos Estados Unidos. Por se tratar de um membro permanente, o voto norte-americano resultou na rejeição da proposta brasileira.

    A análise da resolução estava inicialmente prevista para o início da semana, mas foi adiada para esta quarta-feira na sede da entidade, em Nova York. Após a votação, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, lembrou que o presidente norte-americano, Joe Biden, está, neste momento, na região do conflito, o que, segundo ela, demonstra o envolvimento do país no tema. “Apesar de reconhecermos o desejo do governo brasileiro de aprovar a proposta, acreditamos que precisamos deixar essa diplomacia acontecer.”

    “Sim, resoluções são importantes. E sim, esse conselho deve se manifestar. Mas as ações que tomamos devem levar em conta o que acontece no local e apoiar esforços diretos de diplomacia que podem salvar vidas”, disse. “Os Estados Unidos estão desapontados pelo fato dessa resolução não mencionar o direito de Israel de autodefesa. Como qualquer outro país do mundo, Israel tem o direito de se autodefender”.

    Na segunda-feira (16), membros do conselho rejeitaram uma proposta de resolução da Rússia sobre o conflito. O país apresentou um projeto de cessar-fogo imediato, incluindo a abertura de corredores humanitários e a liberação de reféns com segurança, mas não condenava diretamente o Hamas pelos atos de violência cometidos contra Israel. A proposta teve cinco votos favoráveis, quatro contrários e seis abstenções.

    Fim das hostilidades - Em Brasília, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, explicou que o Brasil, na condição de presidente do Conselho de Segurança, foi demandado pela maioria dos membros do conselho a redigir uma proposta que acomodasse as opiniões de todos os membros.

    “Depois de intensas e múltiplas consultas, apresentamos um texto que foi aceito por 12 dos 15 membros. Esse texto focava, basicamente, na cessação das hostilidades, no aspecto humanitário, criando uma passagem humanitária para que pudessem sair os nacionais de terceiro países, como nossos 32 brasileiros, e que também estabelecia a possibilidade de envio de ajuda humanitária. Infelizmente, não foi possível aprovar. Ficou clara uma divisão de opiniões”, relatou.

    “Fizemos todo o esforço possível para que cessassem as hostilidade, que parassem os sacrifícios humanos e que pudéssemos dar algum tipo de assistência às populações locais e aos brasileiros. A nossa preocupação foi sempre humanitária nesse momento e, enfim, cada país terá tido sua inspiração própria”.

    O Conselho de Segurança da ONU tem cinco membros permanentes, a China, França, Rússia, Reino Unido e os Estados Unidos. Fazem parte do conselho rotativo a Albânia, Brasil, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes. Para que uma resolução seja aprovada, é preciso o apoio de nove do total de 15 membros, sendo que nenhum dos membros permanentes pode vetar o texto. (*Com informações da Agência Brasil)

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