Brasileira ferida em bombardeio no Líbano respira sem ajuda de aparelhos, diz família
Fatima Boustani e dois filhos ficaram feridos em um bombardeio atribuído às Forças Armadas de Israel no Sul do Líbano
247 - A brasileira Fatima Boustani, ferida em um bombardeio atribuído às Forças Armadas de Israel no sul do Líbano no sábado (1), já respira sem a ajuda de aparelhos e conversou com familiares, informou seu tio, Jihad Azzam, nesta segunda-feira (3). "Fatima está respirando sem aparelhos hoje e está totalmente consciente. Ela conversou conosco, mas ainda está na UTI", disse Azzam à Folha de S. Paulo.
Ainda segundo ele, os dois filhos de Boustani que também foram atingidos no ataque aéreo estão em condição estável. Zahraa, 10, que passou por uma operação bem-sucedida na perna, saiu da UTI neste domingo (2) e ainda está hospitalizada; Ali, 9, que sofreu ferimentos leves, foi liberado nesta segunda. "Graças a Deus, os três estão saudáveis", afirmou Azzam.
Boustani passou por uma cirurgia no sábado, após sofrer um ferimento na cabeça devido ao bombardeio que atingiu Saddikine, cidade localizada a cerca de 100 quilômetros de Beirute, onde fica a casa da família. A região está sob tensão desde o início do conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas na Faixa de Gaza,.
Neste domingo (2), Azzam relatou que o quadro de Saúde Boustani havia melhorado e era estável após ela perder sangue pela cabeça e pelos pulmões devido aos ferimentos. No entanto, um médico da família recomendou a transferência da brasileira para outro hospital com maior infraestrutura.
"O médico não especificou um prazo para isso, mas a orientação foi de transferi-la quando o estado dela se estabilizasse, para que ela pudesse ser transportada de ambulância e receber o tratamento necessário", disse Azzam. "Estamos em contato com hospitais de nível superior em Beirute e aguardamos a sua admissão", completou.
Segundo interlocutores do Itamaraty, uma eventual transferência depende da evolução do quadro de Boustani e da avaliação dos profissionais de saúde responsáveis pelo caso. No momento, a posição é de que o hospital atual é adequado para o tratamento dela.
Em nota divulgada no domingo (2), o Itamaraty condenou o bombardeio. "“Desde o início do conflito entre Israel e Palestina, a Embaixada em Beirute monitora e mantém contato regular com os brasileiros residentes no Sul do Líbano. O Brasil exorta as partes envolvidas nas hostilidades à máxima contenção, assim como ao respeito aos direitos humanos e ao direito humanitário, de forma que se previna o alastramento do conflito em Gaza e se evitem novas vítimas civis inocentes”, disse a chancelaria brasileira.
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