'Brics é a reestruturação da ordem mundial contra o imperialismo e o sistema', diz líder partidário francês

247 - O líder do partido Patriotas Franceses, Florian Philippot, ressaltou que o BRICS representa uma oportunidade significativa para a Europa, ao sugerir um futuro alternativo ao imperialismo dos Estados Unidos. "A criação do BRICS é, acima de tudo, uma reestruturação da ordem mundial, um questionamento fundamental do imperialismo norte-americano e do sistema – baseado militarmente na OTAN e diplomaticamente na União Europeia – que foi criado para o continente europeu depender dos EUA", afirmou Philippot à agência Sputnik.

O político francês provocou uma reflexão sobre a dependência europeia ao afirmar: "A questão hoje é se estamos dispostos a morrer pelo imperialismo norte-americano ou se vemos no BRICS uma oportunidade para o desenvolvimento futuro em vez de uma ameaça existencial." Ele sugeriu que a França, devido aos seus laços históricos com a Rússia e à proximidade geográfica com membros do BRICS, poderia atuar como um elo de ligação com esta aliança.

Philippot também comentou sobre a presença de países como Sérvia e Turquia na cúpula do BRICS, que começa nesta terça-feira (22) em Kazan, na Rússia. Para ele, essa participação é "um sinal de rebelião, de protesto" contra a ordem mundial imposta pelos EUA. "O que é necessário é a máxima soberania e independência", enfatizou o líder dos Patriotas.

A Rússia assumiu a presidência rotativa do BRICS para 2024, ano que se inicia com a admissão de novos membros. O grupo, que começou com Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, foi ampliado para incluir Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã a partir de 1º de janeiro de 2024. Atualmente, o BRICS representa quase metade da população mundial, 40% da produção global de petróleo e cerca de 25% das exportações de bens. Em 2025, a presidência rotativa do bloco será ocupada pelo Brasil.