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    Campanha genocida de Israel em Rafah força fuga de pacientes e médicos de hospital; OMS alerta para risco imediato de 200 mortes

    Hospital Abu Yousef al-Najjar fica em uma área no sul de Gaza que Israel designou como zona de combate no conflito em que ataques israelenses repetidas vezes atingiram hospitais

    Destroços após ataque de Israel a Rafah, na Faixa de Gaza (Foto: REUTERS/Hatem Khaled)

    RAFAH (Reuters) - Médicos e pacientes com medo estão fugindo de um hospital em Rafah, enquanto as transferências de doentes e feridos por uma passagem de fronteira no Egito estão paralisadas devido à operação militar de Israel, disseram médicos e moradores nesta terça-feira.

    O hospital Abu Yousef al-Najjar fica em uma área no sul de Gaza que o Exército israelense designou como zona de combate no conflito em que ataques israelenses repetidas vezes atingiram hospitais. Apenas um terço deles continua operacional. Israel justifica esses ataques dizendo que o Hamas os utiliza com propósitos militares -- uma alegação que tanto os funcionários dos hospitais quanto o Hamas negam.

    O médico Marwan al-Hams disse à Reuters que Israel colocou o hospital Abu Youssef al-Najjar no centro do campo de batalha. “Suas ameaças contra ele fizeram com que pessoas e pacientes deixassem o hospital”, disse, acrescentando que alguns funcionários médicos também foram embora.

    O departamento de diálise para pacientes com doenças no rim permanece aberto por enquanto, acrescentou.

    A porta-voz da Organização Mundial de Saúde, Margaret Harris, alertou que seu fechamento colocaria imediatamente em risco as vidas de cerca de 200 pacientes de diálise, porque é o único de Gaza.

    “Se eles forem fechados, isso significa que todas essas pessoas simplesmente morreram de insuficiência renal, porque é isso que as mantém vivas”, afirmou. Outros serviços médicos em Rafah já foram afetados, com alguns serviços suspensos.

    A passagem de Rafah para o Egito foi tomada por Israel e fechada, impedindo tanto retiradas médicas de pessoas doentes e feridas quanto a importação de remédios, dizem grupos de auxílio médico. O Ministério da Saúde de Gaza afirmou que 140 pacientes estavam programados para sair do enclave sitiado nesta terça-feira, para tratamento.

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