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    Celso Amorim participa, em Moscou, de esforços para acordo entre Rússia e Ucrânia

    Segundo o ex-chanceler e assessor do presidente Lula, os esforços vão no sentido “de buscar o entendimento através do diálogo, e isso só será possível com a participação da Rússia"

    Celso Amorim, Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin (Foto: Juca Varella | Reuters/Alina Smutko | Sputnik/Gavriil Grigorov/Kremlin via Reuters)

    Por Denise Assis, 247 - Já se preparando para o retorno ao Brasil, o assessor Especial da Presidência da República e ex-chanceler, Celso Amorim, trocou mensagem com o 247 para acrescentar informações sobre o encontro que teve, em Moscou, com o Secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, e o chanceler russo, Sergey Lavrov. Por meio do seu chanceler, o presidente russo, Vladimir Putin, desculpou-se por não o receber, por estar se ocupando da montagem do seu governo, recém-reeleito. 

    Também participaram das negociações o Diretor do Serviço de Inteligência Geral do Sudão, Ahmed Mufaddal, e outros altos funcionários de inteligência e segurança da Rússia. 

    Antes da chegada a Moscou, Amorim esteve também com integrantes do corpo diplomático da França, num esforço para restabelecer o diálogo entre Rússia e Ucrânia. Os dois países vivem um conflito desde o dia 24 de fevereiro de 2022, quando Putin iniciou o que ele chama de “operação especial” contra a Ucrânia. 

    O conflito acontece no Leste do continente europeu, após um longo período marcado pelo acirramento das tensões entre ambos. As tropas russas invadiram o país vizinho há dois anos, promovendo ataques a cidades situadas próximo à capital da Ucrânia, Kiev, e outros pontos estratégicos do território ucraniano. No momento, o país ainda mantém domínio sobre grandes áreas no leste e ao sul da Ucrânia, mas os esforços são no sentido “de buscar o entendimento através do diálogo”, disse Amorim. “E isso só será possível com a participação da Rússia. Do contrário, não faz sentido”.

    Agora, no início da tarde desta terça-feira (23), o Brasil e mais 16 países assinaram uma nota conjunta sobre o conflito, que envolve Israel e Gaza, na Palestina, pedindo a liberação imediata dos reféns que ainda estão em poder do Hamas, após os ataques direcionados a Israel no dia 7 de outubro de 2023.

    Segundo autoridades de Israel, ainda há 130 reféns em Gaza, dos quais 31 podem estar mortos. A carta condiciona a liberação dos prisioneiros como ponto imprescindível para que seja realizado um cessar-fogo na Faixa de Gaza, que vem sendo atacada por Israel desde o ataque sofrido no ano passado. Estima-se, por parte das autoridades do Hamas, que ao menos 30 mil pessoas já tenham morrido vítimas do exército israelense. Na última noite, 75 crianças foram mortas num bombardeio em Gaza, feito por Israel. 

    “Salientamos que o acordo sobre a mesa para a libertação dos reféns permitiria um cessar-fogo imediato e prolongado em Gaza, o que facilitaria o envio de assistência humanitária adicional necessária a toda a Faixa de Gaza e conduziria ao fim crível das hostilidades”, diz o trecho do documento.

    Além do Brasil, também são signatários da carta a Alemanha, Argentina, Áustria, Bulgária, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Hungria, Polônia, Portugal, Romênia, Reino Unido, Sérvia e Tailândia.

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