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    Chefe do Pentágono deixa claro que a Ucrânia perderá território para a Rússia

    Secretário de Defesa dos EUA afirma que retorno às fronteiras pré-2014 é "irrealista" e descarta adesão de Kiev à OTAN

    Pete Hegseth (Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein)
    Redação Brasil 247 avatar
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    247 – Em uma declaração categórica, o Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, afirmou que a Ucrânia não poderá recuperar suas fronteiras pré-2014 nem ingressar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) como parte de uma solução para o conflito com a Rússia. A fala, feita nesta quarta-feira (12) em uma reunião na sede da aliança militar em Bruxelas, marca uma guinada na posição norte-americana sob a administração Trump. As informações são da Reuters.

    "Queremos, assim como vocês, uma Ucrânia soberana e próspera. Mas devemos reconhecer que retornar às fronteiras de 2014 é um objetivo irrealista", declarou Hegseth a representantes ucranianos e a mais de 40 aliados. O chefe do Pentágono argumentou que insistir nessa meta apenas prolongará a guerra e aumentará o sofrimento.

    Além de deixar claro que Kiev não poderá reverter as conquistas territoriais russas, Hegseth afirmou que a Ucrânia também não deve esperar uma futura adesão à OTAN. "Os Estados Unidos não acreditam que a entrada da Ucrânia na OTAN seja um desfecho realista em um acordo negociado", declarou.

    Mudança na política dos EUA

    As declarações de Hegseth contrastam com a postura da administração Biden e de aliados europeus, que até então defendiam apoio irrestrito a Kiev. A fala sugere que Washington espera que a Ucrânia faça concessões territoriais como parte de um acordo de paz e que sua segurança futura dependerá de garantias militares de aliados, mas não do artigo 5º da OTAN, que prevê defesa coletiva.

    Ele também cobrou maior protagonismo europeu na segurança do continente, afirmando que os Estados Unidos não podem continuar assumindo essa responsabilidade enquanto enfrentam desafios estratégicos, como a crise migratória na sua própria fronteira e a crescente rivalidade com a China.

    Nenhuma presença militar americana em solo ucraniano

    Apesar de mencionar a necessidade de garantias de segurança para Kiev, o chefe do Pentágono deixou claro que soldados norte-americanos não serão enviados ao país. Segundo ele, eventuais forças de paz deveriam ser compostas por tropas europeias e não estar vinculadas à OTAN.

    Moscou atualmente controla cerca de 20% do território ucraniano, incluindo a Crimeia, anexada em 2014, e extensas áreas no leste e no sul do país. As declarações de Hegseth reforçam a percepção de que os EUA não estão dispostos a continuar apoiando indefinidamente os objetivos de guerra de Kiev e indicam que uma solução diplomática pode envolver concessões territoriais à Rússia.

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