China expressa grande preocupação sobre a Síria conceder altas patentes militares a combatentes terroristas estrangeiros

Global Times - A China está muito preocupada com os relatórios segundo os quais o exército sírio concedeu recentemente altas patentes militares a vários combatentes terroristas estrangeiros, incluindo o chefe de uma organização terrorista listada no Conselho, o Partido Islâmico do Turquestão, também conhecido como Movimento Islâmico do Turquestão Oriental, pedindo à Síria que cumpra suas obrigações antiterrorismo e impeça quaisquer forças terroristas de usar o território sírio para ameaçar a segurança de outros países, disse Fu Cong, representante permanente da China nas Nações Unidas, no Briefing do Conselho de Segurança da ONU sobre a Síria, na quarta-feira.

Fu disse que a situação na Síria está em um estágio crítico com desafios assustadores. A comunidade internacional deve fortalecer a solidariedade e coordenar suas ações para apoiar e ajudar a Síria a alcançar estabilidade e desenvolvimento, de acordo com uma declaração publicada no site da Missão Permanente da China nas Nações Unidas.

A China apoia um processo político liderado e de propriedade da Síria de acordo com o espírito e os princípios da Resolução 2254 do Conselho. A comunidade internacional deve respeitar efetivamente o direito da Síria de seguir um caminho de desenvolvimento alinhado com suas condições nacionais e permitir que o povo sírio decida o futuro de seu país com base em sua vontade, observou Fu.

A conferência de diálogo nacional programada para 5 de janeiro foi adiada. A China espera que todas as partes na Síria procedam dos interesses de longo prazo do país e do povo e iniciem um processo de acordo político aberto e inclusivo. A China apoia um papel maior da ONU e do Enviado Especial Geir Pedersen neste processo.

Não importa como a situação doméstica na Síria se desenvolva, o ponto principal de tolerância zero ao terrorismo não pode ser alterado. O Conselho emitiu recentemente uma declaração à imprensa sobre a Síria, deixando claro que os estados devem combater todas as organizações terroristas listadas pelo Conselho e negar refúgio seguro para terroristas, disse Fu.

A Síria tem uma das piores situações humanitárias, com mais de 16 milhões de pessoas em apuros humanitários, e as sanções unilaterais ilegais prolongadas agravaram ainda mais o sofrimento do povo sírio, disse Fu.

A ONU deve desempenhar um papel de coordenação, acelerando a implementação de projetos humanitários e priorizando as necessidades da população para sobreviver ao inverno. Todas as partes na Síria devem respeitar o direito humanitário internacional, cooperar ativamente com as operações humanitárias e garantir o acesso humanitário e a segurança do pessoal humanitário, disse o enviado.

A China reitera que a soberania, independência, unidade e integridade territorial da Síria devem ser respeitadas, que as resoluções do Conselho sobre as Colinas de Golã devem ser implementadas e que o acordo de 1974 sobre a retirada de forças deve ser cumprido, observou Fu.

A China há muito tempo segue uma política de amizade e cooperação com a Síria e nunca interferiu em seus assuntos internos. A China está pronta para continuar trabalhando com a comunidade internacional para que a Síria tenha uma transição suave e embarque gradualmente em um caminho de desenvolvimento pacífico, disse o enviado.