CIA está por trás de revoluções coloridas por todo o mundo, diz relatório chinês
Centro Nacional de Cibersegurança chinês e empresa 360 citam ainda o papel da CIA em ataques hacker ao redor do mundo
Sputnik Brasil - A Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos está por trás de um grande número de ataques de hackers e revoluções coloridas por todo o mundo, diz um relatório do Centro Nacional de Cibersegurança chinês e da empresa de segurança na Internet chinesa 360.
"Há muito tempo, a CIA vem organizando secretamente 'mudanças pacíficas' e 'revoluções coloridas', além de realizar atividades de espionagem e roubo de informações", diz o relatório.
A Revolução de Veludo na década de 1980, a Revolução das Rosas na Geórgia em 2003, a Revolução Laranja na Ucrânia e a segunda revolução colorida na Ucrânia, a Revolução das Tulipas no Quirguistão, a Primavera Árabe, o Movimento Girassol em Taiwan – todas essas e outras foram reconhecidas por organizações internacionais e especialistas como casos típicos de revoluções coloridas lideradas pelos serviços secretos dos Estados Unidos, de acordo com o relatório.
Além disso, o relatório aponta que as agências de inteligência dos EUA tentaram organizar revoluções coloridas em Belarus, Azerbaijão, Líbano, Mianmar, Irã e assim por diante.
"De acordo com as estatísticas, a CIA derrubou ou tentou derrubar governos legítimos em mais de 50 países nas últimas décadas, causando agitação nesses países", afirma o relatório.
Em 2020, segundo o documento, a 360 descobriu uma organização de hackers até então desconhecida. A organização usou para ataques cibernéticos ferramentas semelhantes às apresentadas nos documentos Vault 7 publicados pelo WikiLeaks e listadas como ferramentas de hacking da CIA.
Os principais alvos dos ataques da organização, que os especialistas chineses chamaram de APT-C-39, foram infraestruturas críticas de informações em vários países, empresas aeroespaciais, institutos de pesquisa, empresas de petróleo e petroquímicas, grandes empresas de Internet e agências governamentais.
Suas atividades podem ser rastreadas desde 2011 e os ataques continuam até hoje.
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