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    Conib ataca Lula após presidente condenar o terrorismo de Israel

    Entidade judaica não aceitou os comentários do presidente sobre as ações terroristas de Israel

    Lula | Parentes de palestinos mortos em ataques de Israel na Cidade de Gaza (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Mohammed Salem)

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    247 - Após o recente discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condenando veementemente os bombardeios terroristas de Israel contra civis, especialmente mulheres e crianças, na Faixa de Gaza, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) emitiu um comunicado enfático nesta segunda-feira (13) atacando as declarações do líder brasileiro.

    Em uma declaração postada por meio de suas redes sociais, a Conib expressou forte desacordo com as afirmações de Lula. O presidente equiparou as ações de Israel ao grupo Hamas, uma analogia considerada "equivocada e perigosa" pela entidade. A Confederação alega que "desde o começo dessa trágica guerra, Israel vem fazendo esforços visíveis e comprovados para poupar civis palestinos, pedindo que eles se desloquem para áreas mais seguras, criando corredores humanitários, avisando a população da iminência de ataques". 

    Tal afirmação, no entanto, já foi desmentida até mesmo pelos brasileiros que estavam presos em Gaza há poucos dias - eles afirmavam que, em determinadas ocasiões, havia bombardeios em locais diferentes dos informados por Israel. Além disso, o país comandado por Benjamin Netanyahu já bombardeou hospitais, escolas e campos de refugiados com civis dentro. 

    A Conib prosseguiu dizendo que a estratégia do Hamas consiste em "se esconder atrás de civis palestinos, utilizando suas mortes como parte de suas táticas". A entidade ressaltou que falas como a do presidente da República podem estimular "uma visão distorcida e radicalizada do conflito, no momento em que os próprios órgãos de segurança do governo brasileiro atuam com competência para prender a rede terrorista que planejava atentados contra judeus no Brasil".

    Tal aspa tem como referência a Operação Trapiche da Polícia Federal, que foi articulada pelo próprio Mossad (agência de inteligência nacional de Israel), o qual alega que há brasileiros em contato com o grupo Hezbollah, do Líbano, para promover terrorismo no Brasil. Vale lembrar que o último suposto terrorista preso em operação Mossad-PF teria, na verdade, sido "recrutado" para show de pagode no Líbano, de acordo com seu depoimento à PF.

    O texto da Conib se encerra afirmando que "a comunidade judaica brasileira espera equilíbrio das nossas autoridades e uma atuação serena, que não importe ao Brasil o terrível conflito no Oriente Médio".

    Em declaração durante a assinatura da nova Lei de Cotas hoje, Lula enfatizou a desproporcionalidade dos ataques israelenses, chamando atenção para o elevado número de mulheres e crianças mortas e desaparecidas, algo que, segundo o presidente, não tem precedentes.

    Essa posição do presidente brasileiro ocorre em meio à escalada de um conflito de longa data entre Israel e o grupo Hamas. Os ataques iniciados pelo Hamas em outubro foram respondidos brutalmente por Israel com intensos ataques retaliatórios, resultando em uma violência que ceifou a vida de mais de 11 mil pessoas, incluindo um alto número de crianças palestinas.

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