Conselho de Segurança alerta para maior crise no Líbano em décadas; líderes pedem cessar-fogo de 21 dias
O embaixador adjunto dos EUA na ONU, Robert Wood, expressou esperança de que o cessar-fogo "leve à calma e permita discussões para uma solução diplomática"
247 - O Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de emergência nesta quarta-feira (25) para abordar a intensificação do conflito entre Israel e Hezbollah no Líbano, que já resultou na morte de centenas de civis libaneses. A França e os Estados Unidos, com apoio de vários aliados, propuseram um cessar-fogo de 21 dias na fronteira entre Israel e Líbano, conhecida como Linha Azul. O objetivo é permitir que as partes negociem uma solução diplomática para o conflito.
O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, usou a reunião para pedir uma ação imediata do Conselho, acusando Israel de violar a soberania do Líbano com bombardeios aéreos e ameaças de invasão terrestre. Mikati apelou à ONU para pressionar Israel a respeitar as resoluções internacionais e encerrar os ataques que têm semeado "terror e medo" entre os libaneses.
A proposta de cessar-fogo recebeu apoio dos Estados Unidos, França, Emirados Árabes, Arábia Saudita e União Europeia. O embaixador adjunto dos EUA na ONU, Robert Wood, expressou esperança de que o cessar-fogo "leve à calma e permita discussões para uma solução diplomática". Wood também destacou que "ninguém quer ver uma repetição da guerra total de 2006", mas atribuiu a responsabilidade pelos ataques israelenses ao Hezbollah, que, segundo ele, tem acumulado armamentos fornecidos em grande parte pelo Irã.
O representante israelense no encontro, Danny Danon, indicou que Israel estaria aberto a uma solução diplomática, mas acusou o Irã de ser o "epicentro da violência" na região, referindo-se ao apoio iraniano ao Hezbollah.
O conflito, que ocorre paralelamente ao massacre perpetrado por Israel em Gaza, gerou preocupação global sobre a possibilidade de uma escalada ainda maior. O secretário-geral da ONU, António Guterres, descreveu a situação no Líbano como a "mais sangrenta em uma geração", e líderes mundiais alertaram para o risco de um novo conflito generalizado no Oriente Médio.
[Com informações da Reuters e Al Jazeera]
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