Conselho de Segurança da ONU está sendo vítima da campanha suja de propaganda da Ucrânia, diz embaixador russo na ONU

Sputnik - A Rússia lamenta que o Conselho de Segurança da ONU (CSNU) esteja sendo atraído para uma "campanha suja de propaganda" de Kiev, disse o embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, nesta terça-feira (9).

"Lamentamos realmente que o Conselho [de Segurança] tenha sido atraído para esta campanha suja de propaganda de Kiev [...]", disse Nebenzya no CSNU durante uma reunião sobre a Ucrânia, solicitada pelos Estados ocidentais.

Tragédias como a do Hospital Infantil Okhmatdet, em Kiev, poderiam ter sido evitadas se a Ucrânia não tivesse implantado defesas aéreas em bairros residenciais, em violação do direito humanitário internacional, acrescentou.

"No entanto, os seus patrocinadores ocidentais preferem desviar o olhar relativamente a esse fato importante", disse Nebenzya ao conselho.

O Ministério da Defesa russo disse na segunda-feira (8) que as alegações ucranianas sobre um ataque deliberado da Rússia a alvos civis na Ucrânia não correspondem à realidade. Imagens de Kiev mostram que os danos ao hospital infantil foram causados ​​por um míssil de defesa aérea ucraniano lançado de um sistema na cidade, disse o ministério.

Comentando a tragédia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse nesta terça-feira que a Ucrânia está usando tragédias como manobras de relações públicas durante eventos internacionais, como a próxima participação de Vladimir Zelensky na cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

"Acredito que não há coincidências a esse respeito. Claro, tudo isso são manobras de relações públicas e manobras de relações públicas com sangue. Obviamente, um míssil de defesa aérea foi usado indevidamente e atingiu este hospital infantil. É realmente uma tragédia, mas está sendo deliberadamente usado para criar uma imagem que provavelmente combinaria com a participação de [Vladimir] Zelensky na cúpula da OTAN", disse Peskov a um repórter russo.

O porta-voz também chamou de "suja" a metodologia de Kiev de fazer com que as tragédias coincidam com importantes eventos internacionais.