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    Conselheiro de Segurança Nacional do governo Trump propõe o fim do governo Zelensky

    Mike Waltz afirma que Washington busca um líder em Kiev capaz de negociar com a Rússia e encerrar o conflito

    Mike Waltz (Foto: Getty Images)
    Redação Brasil 247 avatar
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    247 – Os Estados Unidos demonstram dúvidas sobre a capacidade de Volodymyr Zelensky de liderar a Ucrânia neste momento crítico da guerra, segundo afirmou o Conselheiro de Segurança Nacional Mike Waltz em entrevista à CNN. O assessor declarou que a Casa Branca deseja um líder em Kiev que possa “lidar com os russos e acabar com esta guerra”, sugerindo que Zelensky pode não ser o nome ideal para essa tarefa.

    Durante sua participação no programa de Dana Bash, Waltz foi questionado sobre sua avaliação do presidente ucraniano e respondeu de forma incisiva: “Não está claro se o presidente Zelensky, particularmente depois do que vimos na sexta-feira, está pronto para conduzir a Ucrânia ao fim desta guerra, negociar e ter que fazer concessões”. Segundo ele, o presidente Donald Trump acredita que tanto Kiev quanto Moscou precisarão ceder para encerrar o conflito.

    O assessor relatou ainda que, na reunião entre Trump e Zelensky na sexta-feira, o líder ucraniano “não demonstrou estar pronto para a paz”. Quando a apresentadora da CNN perguntou se a Casa Branca desejava que Zelensky deixasse o cargo, Waltz esclareceu: “Precisamos de um líder que possa lidar conosco, eventualmente lidar com os russos e encerrar esta guerra”.

    Waltz foi além e apontou um possível impasse caso Zelensky não esteja alinhado com a necessidade de encerrar o conflito. “Se ficar evidente que as motivações pessoais ou políticas do presidente Zelensky divergem do objetivo de acabar com os combates no país, então teremos um problema real em nossas mãos”, alertou.

    A insatisfação em Washington também foi ecoada por outras figuras do governo. Em entrevista à Breitbart Radio, Waltz comparou Zelensky a uma “ex-namorada que quer discutir tudo o que foi dito há nove anos, em vez de avançar no relacionamento”. Já o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse à ABC News que não teve mais contato com Zelensky desde sexta-feira. Segundo Rubio, o objetivo da administração Trump é levar Ucrânia e Rússia à mesa de negociações, e Trump seria “a única pessoa no mundo que tem alguma chance de conseguir isso”. O secretário criticou o comportamento do líder ucraniano e afirmou que ele “encontrou todas as oportunidades para tentar explicar a posição da Ucrânia, em vez de buscar soluções”.

    As críticas também vieram do Senado. O republicano Lindsey Graham declarou à Fox News que a discussão entre Zelensky, Trump e o vice-presidente J.D. Vance na sexta-feira foi uma “oportunidade perdida”. Dirigindo-se ao povo ucraniano, Graham fez um alerta: “Não sei se Zelensky conseguirá levá-los aonde vocês querem chegar com os Estados Unidos. Ou ele muda radicalmente, ou vocês precisam de alguém novo”.O tom do senador, no entanto, representa uma guinada brusca em relação ao que disse recentemente. Durante a Conferência de Segurança de Munique, Graham havia elogiado Zelensky como “o aliado que esperei por toda a minha vida”. Mas no sábado, o senador usou a rede X para criticar duramente o ucraniano, afirmando que sua “conduta foi inaceitável” e que seus discursos estavam “se tornando cansativos”. Ele também elogiou Trump por ter se posicionado “em defesa dos interesses americanos”.

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