Cooperação: Rússia e China firmam acordos econômicos e nucleares
Visita de Li Qiang à Rússia durou três dias, reforçando os laços entre Moscou e Pequim
247 - Rússia e China firmaram novos acordos econômicos e científicos durante a visita do primeiro-ministro chinês Li Qiang a Moscou, consolidando a crescente parceria entre os dois países. Nesta quarta-feira, foi assinado um plano de cooperação em investimentos após uma reunião entre Li e o primeiro-ministro russo Mikhail Mishustin, como parte da 29ª reunião regular dos chefes de governo da Rússia e China. As informações são da agência Sputnik.
Além do acordo econômico, o Instituto Conjunto de Pesquisa Nuclear da Rússia (JINR) e o Ministério da Ciência e Tecnologia da China assinaram um acordo de financiamento conjunto para projetos de cooperação em pesquisas fundamentais. O ministro da Ciência e Tecnologia da China, Yin Hejun, e o vice-diretor do JINR, Vladimir Kekelidze, formalizaram o compromisso, reforçando a colaboração entre os dois países no campo nuclear.
Durante a visita, o presidente russo, Vladimir Putin, ressaltou o desenvolvimento bem-sucedido das relações comerciais entre Moscou e Pequim. "Nossas relações comerciais estão se desenvolvendo com sucesso. Elas estão crescendo, em parte graças aos esforços de nossos amigos chineses. A atenção que ambos os governos estão dando às relações comerciais e econômicas está dando resultados", afirmou Putin. Li Qiang reforçou essa visão, elogiando a liderança de Putin e Xi Jinping, que, segundo ele, elevou as relações entre os países a um nível sem precedentes.
Putin também destacou que, além dos acordos econômicos e nucleares, os dois governos discutiram uma ampla gama de cooperação comercial, econômica e humanitária, com a assinatura de diversos documentos bilaterais que visam promover uma cooperação mutuamente benéfica. A visita de Li Qiang à Rússia durou três dias, reforçando os laços entre Moscou e Pequim em um momento de expansão estratégica nas áreas comercial e científica.
EUA REAGEM - O Secretário Adjunto de Comércio dos EUA para China e Mongólia, Scott Shaw, visitará Hong Kong e Pequim para levantar a questão do comércio da China com a Rússia e potenciais sanções, informou o South China Morning Post nesta quarta-feira, citando fontes próximas ao assunto.
Durante sua viagem a Hong Kong, prevista para o final de agosto, Shaw pretende se reunir com seus homólogos e "resolver alguns problemas" entre a região administrativa especial da China e os Estados Unidos, de acordo com o relatório.
Após a visita a Hong Kong, Shaw deverá viajar a Pequim para "comunicar a posição dos EUA sobre várias questões" ao governo chinês, conforme a reportagem.
Em julho, o governo de Hong Kong afirmou que "implementa e aplica rigorosamente" as sanções do Conselho de Segurança da ONU após um apelo público do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia para que o centro financeiro asiático combatesse supostos esforços russos de utilizar a cidade para contornar sanções comerciais.
Em maio, a administração Biden impôs novas sanções relacionadas à Rússia contra centenas de entidades, incluindo 20 empresas da China continental e de Hong Kong, por seu suposto apoio ao exército russo.
O Ministério das Relações Exteriores da China chamou a interferência dos EUA nas interações comerciais e econômicas normais entre a Rússia e a China de "hipócrita e irresponsável", observando que os EUA têm "colocado mais lenha na fogueira" do conflito na Ucrânia.
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