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Coreia do Norte adota nova constituição e classifica Sul como “hostil” e abandona reunificação como meta

A Coreia do Norte está prestes a adotar uma nova constituição que redesenha suas fronteiras marítimas

Kim Jong Un (Foto: KCNA)

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247 - A Coreia do Norte está prestes a adotar uma nova constituição que marca a Coreia do Sul como uma nação “hostil” e redesenha suas fronteiras marítimas, uma mudança que, segundo analistas, pode desmantelar décadas de diplomacia cautelosa e aumentar as tensões militares na península coreana. A Assembleia Popular Suprema, o parlamento norte-coreano, se reuniu nesta segunda-feira para formalizar a diretriz do líder Kim Jong-un, emitida em janeiro, que exige a remoção de linguagem constitucional que retrata as relações intercoreanas como uma ligação entre duas partes de uma mesma nação. As informações são do South China Morning Post.

O artigo 9 da constituição da República Popular Democrática da Coreia atualmente declara que o objetivo é alcançar o socialismo “na metade norte da Coreia” e busca a “reunificação com base no princípio da independência, reunificação pacífica e grande unidade nacional”. Segundo Koo Byung-sam, porta-voz do Ministério da Unificação da Coreia do Sul, “alterações constitucionais que definem os laços intercoreanos como entre dois estados hostis e outras medidas relacionadas são esperadas”. A declaração foi feita na segunda-feira, mas o momento exato da formalização dessa mudança ainda é incerto.

Analistas indicam que a nova constituição norte-coreana deve incluir cláusulas que definem o país como um “estado socialista separado”, sinalizando uma ruptura definitiva com qualquer laço histórico ou étnico com o Sul. Embora as relações entre as Coreias tenham oscilado ao longo dos anos, essas mudanças constitucionais podem dificultar ainda mais as perspectivas de recuperação no médio e longo prazo.

Para o professor Lim Eul-chul, especialista em ciência política da Universidade de Kyungnam, em Changwon, essa revisão constitucional representa “um novo capítulo no agravamento das relações intercoreanas, que começou após o fracasso da cúpula de Hanói em 2019”. Ele se referia ao encontro entre Kim Jong-un e o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. "As tensões provavelmente aumentarão ainda mais em um ciclo interminável de trocas de retaliação", acrescentou Lim.

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